Desde o início de 2023, o governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou medidas enérgicas em relação ao programa social Bolsa Família, resultando no corte de aproximadamente 2,9 milhões de beneficiários em todo o país.

De acordo com informações fornecidas pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), entre janeiro e setembro deste ano, um total de 2.870.743 famílias tiveram seus benefícios interrompidos.

O Governo justifica essa ação como parte de um amplo pente-fino no programa, com o objetivo de garantir que apenas aqueles que verdadeiramente se encaixam nos critérios preestabelecidos continuem a receber o auxílio financeiro.

O programa, que havia sido renomeado como Auxílio Brasil durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, retornou ao seu nome original no início da atual administração.

O processo de revisão e seleção mais rigorosa das famílias beneficiárias teve início em março deste ano, quando o governo identificou cerca de 1,2 milhão de perfis com renda mensal superior aos limites estipulados para a inscrição no Bolsa Família.

Beneficiários precisam fazer atualização cadastral

O Bolsa Família está realizando a atualização cadastral de beneficiários desde março. Agentes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) têm visitado famílias com cadastros desatualizados ou suspeitas de fraude para checar as informações prestadas.

A iniciativa visa manter os dados atualizados para assegurar que as famílias em situação de vulnerabilidade recebam o benefício adequadamente e identificar novas necessidades que possam levar à inclusão em outros programas governamentais. Os beneficiários podem realizar essa atualização de forma voluntária, comparecendo ao CRAS mais próximo de sua residência.