Durante a acolhida de 32 repatriados da Faixa de Gaza em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou uma forte condenação à violência no conflito Israel-Hamas. Em seu discurso, Lula descreveu a violência como "bruta" e "desumana", especialmente contra inocentes, criticando as ações de Israel no contexto.

Citando a morte de 5 mil crianças e o desaparecimento de outras 1.500, o presidente lamentou a destruição causada, incluindo casas, escolas e hospitais. Esses comentários seguiram uma linha semelhante a declarações anteriores feitas em um evento na capital federal, onde Lula já havia criticado as ações israelenses.

Em resposta, a Confederação Israelita do Brasil emitiu uma nota expressando discordância com as declarações do presidente. A nota enfatizou os esforços de Israel para minimizar as baixas civis palestinas, mencionando a criação de corredores humanitários e avisos prévios de ataques iminentes. Além disso, a Confederação acusou o Hamas de se esconder por trás de civis em Gaza, usando a morte destes como parte de sua estratégia.

Israel cerca o maior hospital de Gaza

A tensão na Faixa de Gaza atinge um novo patamar conforme relatos do ministro da Defesa de Israel nesta segunda-feira (13). Segundo as autoridades israelenses, o grupo Hamas, que governa a região, perdeu o controle, intensificando a crise humanitária.

O epicentro dos recentes conflitos é o Hospital Al Shifa, o maior de Gaza, agora sob cerco do Exército israelense.

O diretor de emergências do Hospital Al Nasser, em um comunicado angustiante, destacou: "Os hospitais estão sob fogo". Ele enfatizou a grave situação no Hospital Al Shifa, onde cerca de 600 civis feridos aguardam transferência urgente.

Um apelo foi feito ao Egito para assistência e envio de ambulâncias.

Os confrontos violentos entre o Hamas e as forças israelenses se intensificaram ao redor do hospital. O Ministério da Saúde do Hamas reportou a morte de pelo menos 32 pacientes do Al Shifa nos últimos três dias. Uma funcionária da Agência da ONU para Refugiados Palestinos expressou sua preocupação, declarando: "O sistema de saúde de Gaza está colapsando. O Al Shifa, um hospital icônico, sempre foi um bastião de esperança, mesmo em meio às guerras".