Segundo agentes da Polícia Civil, o corpo encontrado carbonizado no interior de um automóvel na rua Primavera, no Bairro Rio Branco, em Canoas (RS), pode ser de um taxista que desapareceu da cidade de Rolante. O corpo foi encontrado dentro do porta-malas de um veículo Ford Focus, completamente incendiado em um viaduto da rodovia BR-448, conhecida como rodovia do Parque, neste último sábado (6), e se encontra no Instituto Médico Legal (IML) para exames periciais.
De acordo com os agentes, a vítima pode ser o taxista Sérgio Jaime Bernades, de 64 anos, que está desaparecido desde o dia 28 do mês passado.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Heliomar Franco, da Delegacia de Polícia da região, existe a possibilidade de que o corpo seja realmente do taxista, mas somente os laudos periciais cadavéricos, como o exame de DNA, por exemplo, poderão dar precisão a isso.
Franco ainda menciona em sua coletiva que os agentes se atentaram à situação de que o automóvel encontrado queimado em Canoas seria do mesmo modelo visto no momento em que o taxista Sérgio sumiu em Rolante, na estrada do Morro da Figueira, próximo à ERS-474.
Ainda de acordo com a polícia, no momento da ação dos criminosos em Rolante, uma câmera de segurança da região registrou o momento exato em que um veículo teria cortado a frente do carro de Sérgio, um táxi Chevrolet Spin, de cor branca.
Logo após a ação dos criminosos, o automóvel do taxista foi encontrado no Morro da Figueira, no interior de Santo Antônio da Patrulha. Ainda segundo os agentes civis, os criminosos teriam tentado queimar o veículo no local, mas o estofamento do banco de trás do automóvel não deixou o fogo se alastrar pelo carro.
O automóvel encontrado queimado em Canoas
A polícia descobriu que o automóvel Ford Focus encontrado incendiado no viaduto em Canoas no último sábado (6) tinha sido roubado no mês de dezembro do ano passado, em Porto Alegre.
Em uma investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da cidade de Canoas, o delegado responsável, Thiago Carrijo Fraga, mencionou que acreditava na hipótese de que os responsáveis pelo crime tivessem vindo de uma outra região com o automóvel, e que, após terem cometido o assassinato, abandonaram o veículo incendiado em Canoas com o corpo dentro.
Os agentes também acreditam que o trajeto realizado pelos criminosos até Canoas tenha sido a BR-448. Esta mesma versão também é sustentada pelo delegado e diretor Mário Souza, da 2ª Delegacia Regional Metropolitana. Ele acredita que o local em que foi encontrado o carro com o corpo em seu interior tenha sido somente um local de desova.