Entre os anos de 2005 e 2007, uma imensa região, às margens da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, próximo a Marginal Tietê, começou a apresentar mudanças. Em meio à diversas torres residenciais que foram sendo erguidas, entre a estação ferroviária Piqueri e a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, surgiu um vizinho que começou a gerar um sério incômodo tanto à construtora dos prédios que começavam a ser erguidos quanto aos moradores: um cemitério começou a ser construído.

O fato é que, apesar das diversas divergências, ele foi ganhando forma, até que em 2009.

A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital conseguiu na Justiça uma liminar que determinou a imediata paralisação da construção do incômodo vizinho, como resultado de uma ação civil pública ambiental ajuizada contra o governo Estadual, a Prefeitura de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), entre outros.

O que motivou a ação foi o dano ambiental provocado pelo corte de mais de 3, 3 mil árvores em um terreno considerado de zona de preservação ambiental de Pirituba, zona oeste de São Paulo, para a construção de um cemitério com mais de 30 mil jazigos. Constatou-se também que o corte das árvores que lá haviam, segundo o promotor de Justiça, Luis Roberto Proença, foi executado sem as licenças ou anuências do órgão federal (Ibama) e dos órgãos estaduais ambientais (DEPRN, CETESB e DAIA).

Vale lembrar que tudo isso aconteceu durante o período de construção, mesmo assim, com diversas irregularidades evidentes, a Prefeitura de São Paulo, na época, liberou o alvará de edificação. Por isso que a Prefeitura é processada também, junto com os proprietários do cemitério.

Com a obra bem avançada, enquanto o impasse prevalece, diante da perspectiva da construção naquela região de diversas novas torres residenciais no antigo e imenso terreno do clube Banespa, os moradores pleiteiam que seja construído no local um parque, que aproveitaria já toda a estrutura construída harmoniosamente. Com um shopping, o Tietê Plaza, bem do lado, os moradores entendem também a construção do cemitério destoaria completamente da cara que a administração pública pretende implantar na região.