Nesta segunda-feira (18), após o massacre da última quarta-feira, deixando 10 mortos, os portões foram abertos novamente. Funcionários da Escola Raul Brasil e professores voltam à unidade para preparar o acolhimento aos seus alunos. O objetivo é ajudar os adolescentes a retomar a rotina com a ajuda de psicólogos profissionais do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), da Unicamp e dos centros de Atenção Psicossocial da prefeitura de Suzano, além de outras instituições do governo de São Paulo. Segundo o portal G1, a ação teve inicio às 10h.
O plano de acolher os estudantes envolve o desenvolvimento de atividades livres, como terapias em grupos, oficinas, depoimentos, compartilhamento de boas práticas, rodas de conversa, entre outras. De acordo com o governo do estado, o apoio se iniciou no fim de semana, incluindo visitas domiciliares às famílias das vítimas.
O cronograma disponibilizado pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo informa que os alunos já poderão participar das atividades de acolhimento a partir da próxima terça-feira (19), no entanto, a data para retomada das aulas ainda não foi definida pela direção da escola, mas será determinada ainda nesta semana. Para tentar amenizar o clima e a tensão gerada pelo massacre, parte da fachada da unidade foi pintada, as paredes internas também receberão cores novas na tentativa de reanimar os alunos.
A placa de identificação que leva o nome da escola ainda está no chão devido a reforma, enquanto isso uma estrutura metálica montada na frente da entrada principal está sendo usada para ajudar na restauração. Os materiais escolares deixados para trás pelos alunos durante a confusão, estão sendo entregue ainda nesta segunda-feira, e eles já podem realizar a retirada desde as 10h, segundo a informação descrita no cartaz na frente do colégio.
Parte dos estudantes voltaram para escola apenas para buscar os seus pertences pessoais.
A tragédia
Tudo começou na manhã da última quarta-feira (13), durante o intervalo, enquanto os alunos tomavam suas refeições e tinham recreação com os colegas. Foi quando Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, entraram na escola e atacaram os alunos e funcionários com uma arma de fogo e um machado, causando a morte de 7 pessoas, incluindo alunos e funcionários, além de feridos que sobreviveram e passam por recuperação.