Rodrigo de Paula Sales, de 28 anos, confessou à Polícia ter matado a menina Kauani Cristhiny Soares Rodrigues, de 6 anos, na madrugada do último dia 17, na cidade de Mongaguá, litoral sul de São Paulo. De acordo com a polícia, Rodrigo disse que matou a menina por vingança. A polícia confirmou essa informação nesta terça-feira (23).

O corpo da criança foi encontrado quase sem roupa dentro de uma vala na noite desta segunda-feira (22), em meio a um matagal às margens da avenida Sorocaba, localizado a 10 quadras da residência da vítima.

De acordo com os agentes policiais, em depoimento o homem teria dito que tirou a menina da casa de madrugada quando ela estava dormindo e depois a matou.

Os policiais acreditam que a criança também possa ter sido estuprada pelo agressor, mas ao ser interrogado sobre o fato o homem negou que manteve relações sexuais com a vítima antes de matá-la. A polícia agora irá solicitar exames no corpo da menina para verificar se ela foi abusada sexualmente.

Ainda em depoimento, Rodrigo disse que teria ocorrido um desentendimento durante uma festa na residência onde a criança morava e que por conta desse motivo ele teria ficado revoltado com a situação e, descontrolado, acabou praticando o crime. Ao ser questionado pelos agentes sobre o que teria ocorrido para que a eventual confusão começasse, ele não soube explicar direito, apenas disse que no momento da discussão todos estariam sob o efeito de bebidas alcoólicas.

De acordo com os agentes policiais, no momento da ação o homem teria levado a criança ainda dormindo até o local da vala e depois matou a menina esganada e em seguida jogou o corpo da vítima no local.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rui Matos, da Delegacia de Mongaguá, pelo menos outras duas vítimas foram até a delegacia informar que foram estupradas pelo mesmo homem.

Mas os agentes só irão saber se a criança foi estuprada pelo suspeito após exames realizados pela perícia.

Câmeras de segurança identificaram o suspeito

O suposto assassino é um morador de rua. Após o desaparecimento da criança, imagens de câmeras de segurança da região conseguiram registrar a movimentação suspeita do homem na mesma noite em que a menina sumiu.

Ao ser abordado pelos agentes, o suspeito mencionou que levou a menina até a vala, mas ainda com vida e negou que tenha causado algum ferimento na criança e que também não a estuprou.

Depois de algumas investigações sobre os fatos, a polícia descobriu que o suspeito esteve na casa da vítima em uma festa realizada pela família, e ao ser questionado o que teria ocorrido no dia, ele apenas mencionou que estava bêbado e teria saído com a menina em seus braços da casa.

A criança desapareceu do imóvel por volta das 2h e o sumiço da menina foi notado por sua mãe após perceber que a porta da frente da residência, que fica no bairro Parque Marinho, estava aberta. Em seguida ela conta que foi até o quarto para verificar se a menina estava no local.

Inicialmente todos da família acreditavam que Kauani havia sido sequestrada.

A mãe da criança então decidiu acionar a Polícia Militar da região que junto com conhecidos e moradores do município começaram a procurar pela menina realizando buscas pelo local até o descobrimento do corpo em uma vala na região.