Com a internet dispondo de vários textos, artigos científicos e livros para o acesso de qualquer um, torna-se mais fácil realizar o plágio. Esse dilema do plágio alcança até mesmo as universidades. Não são comuns textos acadêmicos com referências sem estarem corretamente destacadas de acordo com as normas da ABNT.

O plágio é cópia idêntica ou semelhante de textos de outro autor, sem colocar a devida identificação do verdadeiro autor.

Segundo o texto "Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade?" percebe-se que:

"O fato é que, historicamente, desde o ensino fundamental à universidade, se tem convivido com a prática de cópias de produções textuais de outrem, de forma parcial ou total, omitindo-se a fonte.

No contexto da sociedade informatizada em que vivemos, essas discussões têm-se acentuado, haja vista as possibilidades que se vêm ampliando, pela internet, no que diz respeito ao graduando apropriar-se de obras protegidas por direitos autorais".

Para analisar essa realidade do plágio, realizou-se um estudo com estudantes universitários de Letras, e ao analisar vários contatos desses estudantes com a internet percebeu-se que eles utilizam com muita frequência, até mesmo para responder as questões acadêmicas da faculdade. Os estudantes defenderam diversos motivos favoráveis para o uso da internet na resolução de atividades do ensino superior.

De acordo com Fonseca:

O plágio se caracteriza pela apropriação ou expropriação de direitos intelectuais.

O termo "plágio" vem do latim "plagiarius", um abdutor de "plagiare", ou seja, "roubar" [...]. A expropriação do texto de um outro autor e a apresentação desse texto como sendo de cunho próprio caracterizam um plágio e, segundo a Lei de Direitos Autorais, 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, é considerada violação grave à propriedade intelectual e aos direitos autorais, além de agredir frontalmente a ética e ofender a moral acadêmica.

(Fonseca, s.d.)

Com tanto material disponível torna-se fácil e tentador usar o que pertence a outro, mas isto é crime e devemos seguir as normas da ABNT para não cometer o crime do plágio. Com a diversidade de autores e textos, mesmo que não se tente realizar um plágio, há sempre uma intertextualidade, pois tudo o que escrevemos está baseado na escrita que algum outro autor já escreveu.

Ao compararmos a litura social com a escolar podemos concluir que a social é original, contextualizada e a escolar é forçada, repetitiva, memorística. Acredito que isso se deve também ao fato da imposição que o estudante tem de realizar textos não aproximados com a sua realidade de vida.

A universidade tem reproduzido autores plagiadores, mas o que deveria estar realizando é a multiplicação de novos intelectuais letrados e com autonomia em sua leitura e escrita.

O erro que resulta ao plágio está presente desde a Educação básica e se estende a universidade, por isso é preciso que haja mudança nessa realidade. As instituições de ensino devem criar novos projetos na leitura e escrita, para que ocorra uma maior produção de novos saberes sem plágio.

O hipertexto deve ser usado de forma cautelosa e para não cometer plágio é importante citar a fonte do hipertexto utilizado.

É preciso que a universidade concentre-se na importância de sanar o plágio, pois esse é um problema global, que não pode continuar sem ser realizada nenhuma intervenção.

Segundo o texto Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade? conclui-se que:

"Por conta disso, há mesmo urgência em implementar ações/modificações com relação à prática de produção de texto na universidade, a fim de que essas produções, cumprindo sua função social, possam ser socializadas, na forma de comunicações em congressos, seminários; possam reverter-se em artigos para publicação em periódicos especializados ou em livros".

Com a intervenção pedagógica da universidade os textos acadêmicos serão autênticos e sem a necessidade de realizar o plágio.