O Grêmio precisa reencontrar o caminho das vitórias. De que forma? Bom, não há uma fórmula mágica, e obviamente Renato Portaluppi, quase cinco anos à frente do Grêmio, sabe melhor do que ninguém. Contudo, há um consenso de que mudanças drásticas devem ocorrer na equipe, que não só deixou de vencer, como também deixou de jogar bem.

Neste ano de 2021, o Grêmio venceu apenas um jogo. Foi diante do Bahia, no primeiro jogo após a virada do ano. A atuação não foi grande coisa, mas foi o possível para vencer a bagunçada equipe nordestina, que luta para não jogar a Série B no ano de 2021.

O que aparenta, no entanto, é que o Grêmio não possui mais forças para trazer ânimo. Resgatar o bom Futebol de 2016, 2017 e 2018 parece algo distante. Bastam os bons resultados conquistados em 2019 que o lucro já estará feito. Entretanto, 2020/21 não é um ponto fora da curva, uma vez que ele vem desde 2019.

O Grêmio de 2019 já era diferente

A goleada sofrida para o Flamengo por 5 a 0 foi o prego na tampa do caixão de um Grêmio que já não jogava bem, tinha dificuldades claras para construir jogo e não era perto da equipe de 2018. Everton Cebolinha, iluminado por uma boa fase, carregou os gaúchos até a semifinal da Libertadores e de Copa do Brasil. Contudo, não conseguiu repetir atuações brilhantes contra Athletico-PR e Flamengo, por exemplo, fazendo com que o Grêmio protagonizasse dois vexames.

No entanto, o Grêmio já era diferente em 2019. André não correspondia como centroavante há algum tempo. Felipe Vizeu, contratado para fazer sombra, também não rendeu e ainda foi acometido por uma sequência de lesões. Outro nome ainda decepcionaria mais a torcida gremista.

Diego Tardelli, a grande contratação, não rendeu, teve problemas extra-campo e atuou pouco (e aquém do Tardelli de tempos áureos).

No final das contas, a sequência de atacantes que fracassaram no Grêmio após Jael foi se acumulando e tornou-se a sina de um 2019 que já tinha um Luan, símbolo do Grêmio vencedor, apagado e amargando a reserva.

Um Grêmio de 2020 completamente instável e sem preparo

Desde o início do ano o Grêmio era um time instável, de pouca confiança e que provocava questionamentos sobre como jogaria.

Um bom primeiro tempo significaria, inclusive, um segundo tempo morno, lento e fisicamente abaixo.

Foi o que mais se viu em 2020, no final das contas, e se repete claramente em 2021, com um ótimo segundo tempo diante do Atlético-MG, uma excelente etapa final diante do Inter e um primeiro tempo primoroso diante do Flamengo.

Contudo, o jogo tem 90 minutos, e não se pode atuar apenas em metade dele. A bola cobra... e como cobra! Não à toa o tricolor fez apenas 1 ponto em 9 contra o trio que ocupa as primeiras colocações do campeonato.

Elenco farto o Grêmio possui. Um técnico capaz de procurar soluções o Grêmio também possui. O que falta, então? Talvez o que mais emperre seja o peso, tanto o da camisa, como o das pernas.