O resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é um dos momentos mais esperados pelos estudantes do ensino médio, pois a partir do primeiro ano o aluno já pode participar do processo e, consequentemente, começa a acompanhar seu desenvolvimento em todas as disciplinas da etapa final do ensino básico.
Uma das pontuações mais aguardadas é a nota da redação, e o bom desempenho depende de bom desenvolveu em cinco competências: domínio da norma culta da língua escrita; compreendesão da proposta da redação; coerência do texto; conhecimento dos mecanismos linguísticos; e proposta de intervenção para o problema abordado.
Alunos insatisfeitos
Jornais do Brasil divulgaram a revolta dos alunos com o resultado das notas da redação pois, segundo o Inep (Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), apenas 28 candidatos alcançaram nota máxima nesse quesito.
A correção da prova de redação é um processo feito por pelo menos quatro profissionais. Os alunos reclamaram das notas baixas, tentaram justificar-se e argumentar. Mas a verdade é que eles ainda não perceberam que a culpa não está nos corretores dos textos, mas sim na defasagem do ensino durante o primeiro ano da pandemia.
Realidade da educação brasileira foi comprovada
A Educação brasileira sempre foi criticada dentro e fora do Brasil. Mas isso não é uma novidade, pois o ensino brasileiro através das mídias impressas e digitais sempre mostrou escolhas por regiões e esse fato muitas vezes serviu de preconceito contra regiões como o Norte e o Nordeste brasileiro.
Agora a máscara do ensino perfeito em lugares mais ricos caiu, uma vez que os 28 alunos estão distribuídos assim, segundo Inep: Nordeste (12), Sudeste (11), Norte (3), Centro-Oeste (2), por fim, o Sul não registrou nenhuma nota máxima. Vale dizer que muitas pessoas passaram anos equivocadas, mas quando é apresentado um quadro como esse é necessário refletir sobre a qualidade do ensino brasileiro.
Vale ressaltar que o Nordeste teve resultado positivo nessa primeira etapa.
Falta investimento
Professores de escolas públicas brasileiras estão sempre apresentando argumentos para a péssima qualidade do ensino, pois além dos baixos salários, as escolas apresentam prédios com estruturas físicas comprometidas, equipamentos quebrados que se amontoam e na parte de recursos humanos falta de incentivo aos profissionais.
A carga horária excede àquela determinada nos editais de concursos, pois muitos professores precisam usar os finais de semana para programar aulas e atividades referentes ao exercício do magistério. Fica o alerta a todos: alunos, professores, sociedade e governo - é hora de investir na qualidade da educação brasileira para mostrar resultados positivos e evitar exclusão e preconceito.