Baixíssima produtividade na atividade parlamentar, linguagem agressiva, presença constante nas redes sociais, nas quais costuma fazer sua presença entre os apoiadores de seu pai com notícias de origem duvidosa.

Essas são apenas algumas características que podem tranquilamente definir qualquer um dos três filhos parlamentares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). São eles o senador Flávio Bolsonaro, o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, ambos do Republicanos, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A descrição também se aplica ao próprio líder do Executivo, em suas quase três décadas nos corredores das Casas Legislativas.

Brigas

Mas o personagem do presente artigo é o filho 03 do ocupante do Palácio da Alvorada. Nos últimos dias, voltou a circular nas redes sociais um desentendimento entre Eduardo Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Frota. Na ocasião, Frota era colega de partido de Eduardo, visto que agora ele está no PSDB).

O vídeo que voltou a repercutir nas redes sociais é de 2019, e aconteceu na CPMI das Fake News. Os internautas voltaram a comentar o ocorrido depois de outro filho de Jair Bolsonaro se envolver em uma confusão em uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

Na última quarta-feira (12), o senador Flávio Bolsonaro compareceu à CPI da Covid, que investiga as ações e omissões do Governo Bolsonaro na pandemia.

Flávio, que não faz parte da comissão, pediu a palavra e ofendeu o relator da CPI, Renan Calheiros e o chamou de "vagabundo". O que causou um tumulto na Comissão.

Na discussão de dois anos atrás, também aconteceram xingamentos. Frota estava criticando a postura do presidente da República, quando Eduardo tomou a palavra e insultou o então colega de partido.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro declarou que Frota era menos "promíscuo" quando trabalhava como ator de filmes de entretenimento adulto.

O ex-ator então respondeu que sabia que Eduardo gostava de ver seus filmes. "Eu sei que você gosta", respondeu Frota aos xingamentos de Eduardo, que provocou risos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.

Eduardo treplicou, afirmando que "não gostava" desse tipo de filme e abandonou a reunião alegando que o objetivo da CPMI era construir uma narrativa desfavorável a Jair Bolsonaro.

Pazuello

Eduardo teve outro vídeo antigo nas redes sociais que voltou a ser comentado. Viralizou um vídeo de 2016 em que o filho do presidente Bolsonaro classificava como "covarde" um depoente de uma CPI que fez o pedido de um habeas corpus para depor, solicitando a permissão de ficar em silêncio diante de questionamentos da comissão.

O vídeo voltou a circular nas redes sociais poucas horas depois que o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que tenha o direito de permanecer em silêncio na CPI da Covid, que está marcado para o próximo dia 19.