O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou no último domingo (29) em sua conta no Twitter que o município de Criciúma, Santa Catarina tomou a atitude correta quando demitiu o professor que exibiu um vídeo com temática LGBTQIA + em sala de aula.

Eduardo escreveu que se tratava de um vídeo com conteúdo adulto em Escola de Criciúma, ele ainda disse que é por essa razão que o Brasil está nas últimas colocações do PISA, a tradução do Programa Internacional de Avaliações dos Estudantes. O parlamentar ainda declarou que esperar que o ocorrido sirva como exemplo para que não se tente “sexualizar crianças em escolas”.

Grammy

O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava falando sobre o caso do professor que mostrou uma série de vídeos, entre os quais estava o clipe do cantor Criolo, da música “Etérea”, para adolescentes entre 14 e 15 anos, estudantes do 9º ano, na Escola Municipal Pascoal Meller. O vídeo fala sobre diversidade e chegou até mesmo a receber uma indicação para o Grammy Latino no ano de 2019.

Investigado

O comportamento do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), que usou um termo pejorativo para se referir à situação será investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O procedimento foi instaurado no sábado (28) e está sob a responsabilidade do Promotor de Justiça, Fred Anderson Vicente.

O caso foi parar na Justiça depois que uma cidadã apresentou uma denúncia e também houve a divulgação de um vídeo do prefeito que foi parar nas redes sociais, em que ele usou o termo pejorativo contra o público LGBTQIA+ em sala de aula. No pedido feito à Justiça é solicitado que sejam tomadas providências em relação ao posicionamento do prefeito e que seja feita uma avaliação da situação dos responsáveis pelos alunos LGBTQIA+ que são desrespeitados na instituição de ensino.

A notícia-crime recebeu a assinatura de mais de 90 cidadãos e instituições, entre parlamentares e grupos culturais, coletivos LGBTQIA+ e dos direitos das mulheres e por legendas partidárias. O pedido considera que possivelmente possa ter ocorrido o crime de homofobia do alcaide Clésio Salvaro.

Manifestações

No sábado (28), aconteceram manifestações de pessoas defendendo o professor assim como também havia manifestantes protestando contra o profissional da educação.

As manifestações aconteceram no Parque Altarir Guidi, região no centro da cidade, em que manifestantes protestaram contra as falas do prefeito e a exoneração do professor. Enquanto no Parque das Nações, bairro Próspera, havia manifestantes que defendiam a demissão do professor e o protesto deles foi “em defesa da família”.