Nomofobia é o termo denominado através da fobia causada pelo desconforto ou angústia resultante da incapacidade de acesso à comunicação por aparelhos celulares, ou computadores, popularmente conhecida como vício em internet.

A nomofobia mostra um medo irracional de ficar incomunicável e o pânico de não ter um celular por perto. Em uma situação assim, as pessoas se sentem perdidas e ficam pensando nesses momentos de incomunicação (possíveis chamadas de amigos, mensagens, novidades nas redes sociais, entre outros).

Além disso, vale ressaltar que o celular tem evoluído tanto que hoje em dia não é o único meio de estar em contato com os amigos através de uma chamada. Ele pode conectar-se também à internet e, por meio dela, a muitos outros serviços. Por exemplo, são muitas as pessoas que aderiram à moda das selfies com o celular. Desta maneira, o smartphone se torna aparentemente um elemento insubstituível na vida dessas pessoas que dependem do seu uso.

O do uso da internet pode ser mostrado pelo alto número de vezes em que uma pessoa consulta seu telefone ao longo do dia. Além disso, o sinal de alarme também surge quando a pessoa tem pensamentos dramáticos, por exemplo, quando sai para trabalhar e esquece o celular em casa.

Quando isso acontece, ela experimenta sintomas incômodos como nervosismo, ideias negativas, dor de cabeça, ansiedade, etc.

Conforme o "Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais", citado no livro "Nomofobia", os transtornos de ansiedade são: transtornos de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de pânico (TP), transtorno de ansiedade social (TAS) ou fobia social (FS), fobia específicas, transtorno obsessivo compulsivo e transtornos relacionados.

O comportamento nas redes sociais virtuais

Quando acordamos, a primeira coisa que fazemos é pegar o telefone celular e olhar as últimas novidades de nossos amigos no Facebook, verificando atualizações de notícias no Twitter ou curtindo fotos no Instagram.

O Brasil, segundo o livro "Nomofobia", é o quarto país em número de usuários nas redes sociais. Além dos aspectos sociais, o profissional também está presente. Diversas pessoas procuram empregos em grupos de Facebook ou oportunidades no LinkedIn, tornando-as, assim, mais dependentes do que nunca.

A internet se torna uma forma de fuga, onde as pessoas se sentem melhor, podendo alterar o humor do indivíduo. Este é o primeiro estágio mascarado com a falsa sensação ao navegar nas redes sociais.

No segundo estágio ocorre o nível de relevância, quando o usuário não consegue desligar o pensamento das redes sociais, mesmo estando desconectado, de tal forma que a ferramenta começa a dominar o comando da vida.

Os outros estágios estão ligados ao tempo o usuário se dedica a isso. Quando desconectado pode ter uma abstinência e se tornar uma pessoa irritada, ansiosa, com medo. O resultado pode alterar o sono e a alimentação. Com tudo isso, é evidente que os conflitos na vida pessoal e o profissional comprometem a relação na vida real com a família e ambiente de trabalho.

Dependência 'normal' x dependência patológica

A dependência patológica é quando compromete a vida profissional, social e familiar, com consequências indesejáveis, significando um processo nocivo e prejudicial.

Na medida em que aumenta o número de usuários, as consequências negativas também foram surgindo, e assim foi necessário a criação do termo nomofobia, e essa necessidade partiu de dois profissionais da área da saúde mental, que durante o atendimento aos pacientes começaram a perceber a presença de sensações e sintomas que traziam prejuízos a vida do indivíduo pelo uso indevido da internet, onde a partir daí a nomofobia começou a ser reconhecida como patologia (doença).

Alerta

Portanto, a internet está se transformando em uma arma perigosa. Os jovens dão sinais de dependência tecnológica, físicas e mentais, como isolamento, queda no rendimento escolar ou mudança repentinamente de humor, transtornos, visão prejudicada, postura afetada, déficit de atenção e muitos outros. Neste caso, é melhor ligar o botão de alerta, sendo recomendável equilibrar as horas de computador com as de esporte e lazer, e nos casos de estágios mais avançados, procurar ajuda de um profissional especializado.