Falta menos de um ano para a realização das eleições presidenciais de 2022. Com a proximidade do próximo pleito eleitoral, boa parte da população brasileira, como apontam as pesquisas de intenção de votos, querem que o atual ocupante do Palácio da Alvorada arrume as suas malas e deixe a moradia oficial da presidência da República o mais rápido possível.

Como é comum acontecer a qualquer pessoa quando se deseja ardorosamente que chegue logo o dia para que algo aconteça, tem-se a impressão que o dia para a concretização de determinado evento está cada vez mais longe no horizonte.

Esta é a situação em que boa parcela dos brasileiros está atravessando no momento, o dia em que Bolsonaro deixará de ser presidente parece que nunca vai chegar.

A sabedoria popular diz que de onde não se espera nada é que não sairá nada de bom mesmo. Jair Bolsonaro há muito tempo faz jus ao dito popular.

Infelizmente, Bolsonaro não estabilizou a sua incompetência no comando da nação, quase que diariamente ele constrange o Brasil, não só em Pindorama, mas também diante do mundo, como foi visto nos últimos dias em sua viagem à Itália para participar do G20 em que, mais uma vez, virou piada em boa parte do planeta.

Ciência

De volta ao seu país, após ter sido evitado pela quase totalidade dos líderes mundiais que estavam presentes no G20, o presidente decidiu prestar uma homenagem a si mesmo.

Bolsonaro achou por bem que deveria receber o título de grão-mestre, o mais alto da Ordem Nacional do Mérito Científico, honraria que é dada para pessoas de dentro e fora do Brasil que fizeram importantes contribuições para a área científica.

Outros que o líder do Executivo entendeu que também mereceram a homenagem foram os ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Internacionais) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações).

Dos mencionados, talvez Pontes pudesse ser merecedor da honraria se o medicamento prometido por ele para o combate do coronavírus tivesse se tornado verdade. O governo federal não toca mais no assunto.

A homenagem, no entanto, é regimental, seguindo decreto ainda em vigor assinado em 2002 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo então Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Ronaldo Sardenberg.

Pelo decreto, o presidente da República ganha o título de grão-mestre, enquanto o ministro da Ciência ganha o de chanceler.

Além das autoridades já citadas, também ganharam a honraria professores e pesquisadores, pessoas que realmente fizeram um trabalho relevante na ciência e não defenderam tratamentos ineficazes para a Covid-19, como fez o presidente da República e outros integrantes do governo federal.