As redes sociais vêm mostrando que o Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vem perdendo força eleitoral e, fazendo o que pode para se manter, não consegue mais deslanchar nas pesquisas.

Os maiores seguidores do governo atual, inclusive, estão abandonando Jair Bolsonaro, e isso seria normal com os aumentos dos preços de produtos básicos acompanhados do aumento da inflação. Depois que voltou da internação, Olavo de Carvalho, seguidor ferrenho de Bolsonaro, admitiu que o atual presidente deve ser derrotado em 2022.

Também, Olavo disse que foi usado pelo presidente para ganhar as eleições e isso diz muito sobre a saída dele do apoio ao governo.

Isso causou muita polêmica nas redes sociais e deixou apoiadores do governo bastante irritados. Mas parece, segundo o próprio filósofo, que trata-se de um caminho sem volta.

Segundo o portal O Povo, na última quarta-feira (22), Olavo apagou 52 vídeos atacando adversários e ex-colaboradores do governo. Muitas pessoas, entre especialistas e internautas, vêm apontando o enfraquecimento das pautas, e, consequentemente, o apoio ao governo vem diminuindo entre os próprios antigos fanáticos da extrema-direita bolsonarista.

Além de Olavo, o jornalista e blogueiro Allan dos Santos também admite que as próximas eleições vêm com derrotas e que o governo vem pautando várias políticas que não estão agradando os mais radicais dos apoiadores.

Em intervalo de dois dias o governo perde aliados

Segundo a revista Crusoé, três dos maiores aliados do governo admitiram que Bolsonaro pode não ganhar as eleições do ano de 2022. Num mesmo tom bastante pessimista de Olavo de Carvalho, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, e Allan dos Santos, admitem a derrota e sabem que vai ser difícil sairem vitoriosos das eleições.

Enquanto Bolsonaro aparece em segundo lugar com cerca de 20% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se desponta em primeiro lugar e, em terceiro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos), que vai se aproximando.

Bolsonaro não sai da agenda negativa

Bolsonaro criou tensão com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e começou com uma carga de discursos antivacinas e também se apresentou em momentos públicos de forma jocosa e desrespeitosa com os próprios apoiadores, como a cena em que dançava funk em uma lancha.

O pessimismo diante dos resultados das eleições foi assumido pelo bloqueiro Allan dos Santos. Allan, que ainda está foragido, publicou um vídeo dizendo que, olhando o cenário atual político do Brasil, acredita que irão tirar Bolsonaro da presidência e não acredita que ele vai ser reeleito.