Há uma máxima do filósofo Nicolau Maquiavel –que viveu na Itália no século 16– que dizia que a política era a arte do possível. Parece que os políticos andam exaltados por posições populares –ora de esquerda, ora de direita– sobre suas decisões. Não foi diferente o caso que saiu no jornal Folha de S.Paulo, no qual o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se envolveu no último domingo (12) em uma discussão sobre o IPTU –que poderá ter novo aumento– com um apoiador dos vereadores Jair e Arselino Tatto, ambos do PT.

Acontece que a base governista diz que existe uma trava de aumento pela inflação até o ano de 2024, enquanto a oposição insiste em dizer que com o aumento os mais necessitados irão ser prejudicados.

Esse tipo de assunto vem causando bastante desgaste da imagem do Governo de Nunes e vem irritando muito o prefeito.

Um assessor parlamentar do vereador Arselino Tatto, Altair Gomes, conhecido como Bebezão, repetiu uma indagação em um grupo de munícipes da zona sul, causando a reação de Nunes. O prefeito respondeu, muito irritado, que Bebezão estava mentindo e que não teria aumento nenhum do IPTU. Chamou o assessor de "moleque" e "irresponsável" e o acusou de ser mentiroso.

Bebezão, por sua vez, perguntou se o vereador petista Jair Tatto estava mentindo em um vídeo veiculado no grupo. O prefeito então o chamou de mentiroso e o acusou de espalhar notícia falsa.

Questionada pela Folha, a gestão Nunes declarou: "A Prefeitura de São Paulo esclarece que, justamente para não afetar as parcelas menos abastadas da sociedade, a nova legislação estabeleceu novo valor máximo para a isenção total, de R$ 230 mil, aumento de 43% em relação ao piso anterior (R$ 160 mil)".

O jornal também entrevistou o assessor parlamentar, que afirmou que não tinha conhecimento de que o prefeito estava naquele grupo de WhatsApp. Ele afirma que só ficou sabendo quando Nunes o chamou de “moleque” e que não ofendeu o prefeito em nenhum momento.

MP do AM investiga luta de MMA entre prefeito e ex-vereador

Antes de o prefeito de São Paulo discutir com o assessor dos vereadores do PT, no último sábado (11) teria ocorrido uma luta de MMA entre o prefeito de Borba, no Amazonas, Simão Peixoto (PP), e o ex-vereador da oposição Erineu Alves da Silva, mais conhecido como Mirico.

Por meio da Promotoria de Justiça de Borba, o Ministério Público do Amazonas abriu um inquérito civil para investigar o caso. O órgão vai apurar se houve um eventual ato de improbabilidade administrativa do prefeito do município. Os promotores do caso deram o prazo de cinco dias para Peixoto se explicar se esse evento foi realizado com recursos público e se houve regularidade em participar desse evento.