Desde que Jair Bolsonaro assumiu o Governo Federal em 2019, a inflação vinha aumentando de forma controlada, mas a pandemia e as crises enfrentadas pelo Executivo Federal alavancaram a alta dos preços, principalmente dos alimentos básicos.
Bolsonaro e suas medidas antônimas
Indo na contramão de vários países, com medidas de lockdown, proteção ambiental e medidas econômicas sociais, o Governo Federal amenizou a gravidade da pandemia, dificultou a implantação de medidas de isolamento, atacou a vacinação, menosprezou programas sociais durante o distanciamento social e desmontou mecanismos de proteção ambiental.
O resultado se traduziu no péssimo desempenho do país no combate ao coronavírus, a falta de confiança para com o Brasil no cenário internacional e crises hídricas mais fortes. Alguns especialistas chegam a dizer que o desequilíbrio climático que está sendo gerado é o grande responsável pelos longos períodos de seca e a concentração de chuvas em um curto espaço de tempo que vem causado grandes estragos em algumas cidades –os casos mais famosos são de Minas Gerais e São Paulo, que recentemente sofreram com as fortes chuvas.
Jair Bolsonaro é o culpado pelos altos preços?
Nesse contexto, o Instituto Datafolha fez uma pesquisa para avaliar qual a Opinião da população em relação ao culpado pela alta dos preços dos produtos em geral, ou seja, a inflação.
Em setembro de 2021, 41% dos entrevistados na pesquisa responderam que o Governo Federal fortemente tinha culpa sobre o descontrole inflacionário. Agora, em março deste ano, 75% afirmam que o governo Bolsonaro está diretamente ligado ao aumento dos preços.
Eleições e a inflação
Em um ano eleitoral, tal opinião se demonstra importantíssima, já que o poder de compra da população vem diminuindo e isso afeta todas as camadas sociais, e claro, agrava as condições já miseráveis de algumas famílias brasileiras.
As famílias que ganham pouco, apenas para alimentação, deverão enfrentar dificuldades para manter as refeições em dia. Hoje, a economia brasileira já acumulou mais de 60% de inflação somente no preço do café diário de vários cidadãos.
Além disso, os combustíveis sofreram um grave reajuste, elevando a gasolina ao patamar de mais de R$ 8 o litro em alguns postos de abastecimento.
Não só a gasolina e o diesel aumentaram, como também o gás de cozinha (GLP), que é utilizado pela população para o preparo das refeições. O governo vem trabalhando e diversas propostas para amenizar a alta dos preços, mas ainda sem muito efeito.