As Eleições de 2018 foram marcadas por uma grande disseminação de fake news, muitas delas atingindo o ex-prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad, que havia sido candidato a presidente da República na época.

As informações falsas também atingiram os demais candidatos, o que causou preocupação de autoridades sobre a influência que as redes sociais podem ter nos resultados eleitorais. Tal contexto revelou a possível necessidade de criar uma regulamentação para tais canais de comunicação a fim de coibir a disseminação de fake news.

Telegram suspenso por ser berço de fake news

Recentemente, o aplicativo de troca de mensagens Telegram foi impedido de continuar suas atividades no Brasil por determinação do Supremo Tribunal Federal. A suspensão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que possui diversos atritos com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi responsável por inquéritos que investigam a disseminação de fake news por membros do governo e um suposto gabinete do ódio, que disparava notícias falsas sobre "inimigos" do governo de Jair Bolsonaro.

Repercussão da suspensão

A repercussão da suspensão do aplicativo Telegram não foi boa nos meios bolsonaristas, que utilizavam a plataforma para disparar mensagens favoráveis ao atual governo.

O Telegram se mostrou uma ótima alternativa, tendo em vista que plataformas como WhatsApp, Facebook e Twitter melhoraram as formas de lidar com fake news, mesmo que elas ainda possam ser vistas circulando pelo feed dos usuários, agora existem avisos que mostram a possibilidade de as informações não serem verídicas. Assim, o usuário pode questionar se o que está vendou ou lendo é realmente verdadeiro.

Logo depois a medida de suspensão publicada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, o aplicativo resolveu acatar as medidas impostas pela Justiça com o fim de reduzir as publicações com informações enganosas.

Suspensão por poder disseminar fake news e o desrespeito à Justiça

O Instituto Datafolha fez uma pesquisa para saber a Opinião da população em relação ao bloqueio do funcionamento de aplicativos que possam servir de canais para veiculação e disseminação de notícias falsas.

As pessoas foram questionadas também sobre a regulamentação desses aplicativos de comunicação e os resultados mostraram que cerca de 51% dos entrevistados demostraram estar de acordo com as medidas de suspensão caso as empresas que administram tais aplicativos não acatem as medidas de segurança que tentam amenizar a disseminação dessas informações falsas.