A população mundial está enfrentando uma pandemia que obriga os governos dos países a estabelecerem medidas políticas mais rigorosas e mudanças sanitárias ultrarradicais. Uma delas é controlar os movimentos migratórios feitos pelas fronteiras internacionais.
Hoje os passageiros ainda utilizam passaportes e outros documentos impressos e fotográficos para viajar pelo Brasil.
Para embarcar em um avião é necessário que os passageiros enfrentem duas etapas de segurança. A primeira etapa é se direcionar ao local determinado para validar o cartão de embarque e passar a bagagem por máquinas de raio – X, verificando se existe alguma irregularidade.
Se a bagagem estiver em ordem, pode-se caminhar para segunda etapa.
Em seguida, no embarque, um dos atendentes verifica se o passaporte e o bilhete respeitam as regras de transporte aéreo. Se esses documentos forem aprovados, a Viagem será realizada com tranquilidade.
Mas um projeto nacional que estava arquivado há anos pode ser efetivado e mudar radicalmente o futuro dos embarques em aeroportos espalhados pelos estados brasileiros.
Fiscalizar quem trafega pelos pontos de embarque
A Inteligência artificial tornará possível a realização desse projeto, pois será utilizada para fiscalizar quem trafega pelos estabelecimentos e pontos de embarque e desembarque nos aeroportos, com base no reconhecimento facial.
Participam do projeto o Ministério da Infraestrutura, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), e o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). Ronei Glanzmann, secretário nacional de Aviação Civil, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo que o objetivo do projeto é embarcar se identificando somente com o reconhecimento facial, evitando assim o uso de documentos impressos.
Primeiro em Florianópolis
O Ministério de Infraestrutura escolheu testar os equipamentos tecnológicos primeiro em Florianópolis, capital de Santa Catarina.
O Serpro, empresa federal contratada por R$ 2 milhões, será responsável pela coleta e processamento de dados. A novidade será testada no aeroporto a partir de setembro.
Passaportes e bilhetes cederão espaço para as 'selfies'
Caso os resultados no aeroporto de Florianópolis sejam satisfatórios, o projeto será ampliado futuramente para os demais estados da federação até o início do ano de 2022.
Negociações estão ocorrendo também com os aeroportos do Galeão, de Brasília e Salvador, indicando que talvez os próximos estados a receber a tecnologia serão Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia.
Portanto, os passaportes e os bilhetes provavelmente cederão espaço para as “selfies” dos equipamentos de reconhecimento facial. Uma ficção que passa a se tornar realidade no Brasil.