Morreu na manhã desta quarta-feira (23), aos 42 anos de idade, o ator Caio Junqueira, famoso por ter participado do filme Tropa de Elite, além de outras produções na TV. Ele estava internado desde o último dia 16 no Hospital Miguel Couto após sofrer um acidente automobilístico no Aterro do Flamengo. De acordo com informação passada pela Secretaria Municipal de Saúde, o ator veio a óbito às 5h15.
O acidente aconteceu quando ele seguia até o centro do Rio de Janeiro e perdeu o controle do veículo que dirigia, bateu em uma árvore e capotou. O ator ficou preso às ferragens e, desacordado, foi levado para o hospital em estado grave, onde chegou a ser submetido a uma operação por conta de uma fratura exposta que sofreu no braço.
O impacto contra a árvore aconteceu justamente do lado do motorista. Ele estava sozinho no carro e imagens feitas pelas câmeras de segurança da prefeitura registraram o momento da batida. A via chegou a ter o trânsito interrompido por alguns minutos. No final de semana, de acordo com relato da mãe do ator, ele abriu os olhos e quis se levantar do leito. “Mostra que ele está querendo lutar pela vida”, falou.
Durante toda a semana, por meio das redes sociais, amigos e parentes pediram doação de sangue.
Trajetória longa no cinema e na TV
Caio de Lima Torres Junqueira nasceu em 20 de novembro de 1976, no Rio de Janeiro, e com apenas nove anos de idade, em 1985, estreou na televisão, ao lado de atores como Diogo Viela e Zezé Polessa no programa humorístico Tamanho Família, da extinta TV Manchete.
Dois anos antes já havia iniciado sua carreira no teatro.
Pouco depois foi contratado pela Rede Globo, onde seu primeiro trabalho foi na série Armação Ilimitada, onde atuou ao lado do irmão Jonas Torres. Posteriormente participou de várias novelas na emissora carioca, como Barriga de Aluguel, A Viagem e O Clone, dentre outras.
Ao todo foram 20 trabalhos na TV, 10 curtas e pelo menos 15 filmes, sendo o mais famoso deles Tropa de Elite, onde interpretava o personagem “06”. O trabalho na sétima arte lhe rendeu o prêmio de ator revelação do Festival de Gramado, em 1996, por conta de sua participação no longa Buena Sorte, de Tania Lamarca.
Após sair da Globo, Caio participou de produções da RecordTV, como Ribeirão do Tempo e José do Egito. Também trabalhou na Fox Brasil e seu último trabalho foi na série da Netflix, onde atuou na série O Mecanismo, dando vida ao personagem Henrique Villa Verde.