O cantor e ex-integrante do grupo O Rappa, Marcelo Yuka, de 53 anos, está internado em estado grave no Hospital Quinta D'Or, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com informações passadas pelo portal G1, o artista está com infecção generalizada, porém a pedido da família, o hospital não divulgou o quadro clínico do artista. Já o empresário Geraldinho Magalhães, disse para o UOL que ele está em coma induzido.
O amigo e ex-produtor de Yuka, Luiz Fernando Barakat, revelou que o cantor sofreu um acidente vascular-cerebral (AVC) na última quarta-feira (2).
Esse foi o segundo AVC do artista, que em agosto passado já havia sofrido um primeiro e desde então sua saúde tendo complicações.
O deputado federal, que também é amigo do cantor, Marcelo Freixo, visitou o músico nesta sexta-feira (4) e afirmou que seu quadro é “muito grave e muito delicado”. Yuka foi vice na chapa de Freixo nas eleições de 2012 para a prefeitura do Rio de Janeiro.
Dado como morto
Durante a tarde desta sexta-feira (4), começaram a circular notícias imprecisas dando conta da morte do cantor. O boato se espalhou após Marcello Lobatto, empresário do Planet Hemp, publicar em sua rede social uma foto ao lado de Yuka com a legenda: “Valeu Yuka! Obrigado por tudo!".
A mensagem foi entendida como sendo a conformação da morte do artista.
Pouco depois, Marcello apagou a postagem e pediu desculpas pela informação equivocada. Rento Fontes, irmão do cantor, também fez uso das redes sociais para desmentir a informação. "Só para informar, meu irmão está no CTI, em um quadro gravíssimo mas está vivo", postou.
Baleado em 2000
Um dos fundadores da Banda O Rappa, que começou a despontar em meados dos anos 90 com músicas como “O Que Sobrou do Céu” e “Pescador de Ilusões”, ambas composta por ele, Yuka ficou tetraplégico em 2000, quando levou nove tiros ao tentar evitar um assalto.
Ele seguiu na banda até 2002, quando deixou o grupo por conta de divergência com os demais integrantes. Após a conturbada saída, a qual disse que foi expulso, fundou a banda F.U.R.T.O. Esse trabalhou levou a criação de uma ONG, Epônima, que tem como objetivo lutar em prol das pesquisas com células tronco. Em 2017, lançou seu primeiro trabalho solo.
Os envolvimentos com causas sociais o levaram a entrar para a política, se filiando ao PSOL em 2012. Nas eleições de 2012, formou chapa com o deputado Marcelo Freixo à prefeitura da capital fluminense. Em 2014, lançou a autobiografia “Não se Preocupe Comigo”.