Ronaldinho Gaúcho, ex- jogador de Futebol do Barcelona e da seleção brasileira, após ser pego no Paraguai com suposto passaporte falsificado junto com seu irmão Roberto Assis na noite de quarta-feira (4), foi detido em delegacia do Paraguai.

Autoridades locais apuravam o caso, e ainda nesta noite de sexta-feira (6), a Promotoria Geral de Justiça do Paraguai fez pedido de medida cautelar de prisão preventiva aos irmãos, e os acusou de uso de documento público com conteúdo falso.

Posicionamento do advogado

Adolfo Marín, advogado dos acusados afirmou aos repórteres em entrevista que ainda não sabe sob que figura legal eles foram detidos.

Além de Ronaldinho e seu irmão, também foram presos o empresário Wilmondes Souza Lima, de 45 anos, acusado de fornecer os passaportes falsos e duas mulheres paraguaias que seriam as titulares dos passaportes originais.

Na prisão do empresário, o juiz do caso entendeu que havia risco de fuga. Já as mulheres María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero, estão mantidas em prisão domiciliar.

Ronaldinho Gaúcho tinha processo de naturalização no Paraguai

Segundo o promotor do caso Federico Delfino, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão tinham um processo de naturalização no Paraguai, que corria a vontade dos dois brasileiros, e que em investigação se descobriu que havia um esquema envolvendo um funcionário público paraguaio, que enviou vários documentos À Direção de Migração do Paraguai para naturalizar os irmãos.

Após envolvimento de órgão do governo paraguaio, o caso ganha grande repercussão, que levou a pedido de demissão de diretor-geral de Direção de Migrações, que em seguida fez críticas ao Ministério do Interior pela demora na resolução do caso envolvendo o ex-jogador.

Entendendo o caso

Na noite de quarta-feira, o jogador Ronaldinho Gaúcho, que viajava acompanhado de seu irmão Roberto Assis, foi detido pela Polícia em um quarto de hotel onde se hospedava.

Os dois viajaram para participarem de evento naquele país. Os brasileiros, no entanto, receberam passaportes e registros civis que os identificavam como paraguaios.

Tais informações falsas contidas nos documentos dos brasileiros foram percebidas por autoridades ainda no aeroporto paraguaio, mas diante do grande número de fãs que foram receber o ex-jogador, as autoridades locais resolveram deixar para fazer a abordagem em local mais reservado, e assim foram a noite no hotel em que se encontravam.

Na quinta-feira, Ronaldinho e Assis prestaram depoimento no Ministério Público, onde permaneceram por longas horas e não responderam a todas as perguntas, em seguida o juiz Mirko Valinotti negou a ambos o "critério de oportunidade."