O novo ministro da Saúde foi escolhido ainda na última quinta-feira (16) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Nelson Luiz Sperle Teich é empresário e também oncologista e já vinha se posicionando com frequência a respeito da pandemia do novo coronavírus.
O site da revista Época afirma que no perfil de Teich na rede social LinkedIn ele chegou a publicar três artigos ao longo das últimas semanas. Nas publicações, o novo ministro da Saúde deixa clara a sua posição sobre vários pontos que cercam a pandemia citada e também sobre a crise desencadeada ao redor do mundo em função do vírus.
Segundo as informações da revista citada, em um artigo publicado ainda no dia 3 de abril, Nelson Teich saiu em defesa do isolamento social como uma forma eficaz para evitar a disseminação da doença, posicionamento igual ao do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Durante o artigo em questão, é possível ler que devido ao fato de que não se possui muitas informações sobre como a covid-19 se comporta, bem como pensando sobre a possibilidade de que o Sistema de Saúde não tenha capacidade de dar conta da demanda crescente, o isolamento e o distanciamento social são as melhores estratégias no combate ao coronavírus.
Outras ideias apresentadas por Teich
Além disso, um outro artigo compartilhado por Teich afirma que é necessário aumentar a capacidade do Sistema de Saúde para que o atendimento aos pacientes com Covid-19 seja realizado com qualidade e também considerando demandas maiores em termos de casos da doença.
Outro ponto levantado durante o artigo em questão se refere à testagem em massa da população.
De acordo com o atual ministro da Saúde, essa forma de testagem é bastante necessária para que se possa compreender melhor o comportamento da doença. A partir dessa compreensão será possível traçar estratégias mais eficazes de combate, bem como pensar ações para lidar com a pandemia.
Segundo as informações da revista Época, o artigo de Nelson Teich ainda aborda que caso os dados estejam corretos, cerca de 80% dos pacientes com a Covid-19 não possuem sintomas ou ainda possuem sintomas de forma branda.
Portanto, devido aos pacientes que estão internados em estado grave, não será possível entender a “epidemiologia da doença”.
Assim, isso fará com que o conhecimento a respeito de sua evolução, incidência, letalidade, transmissibilidade e prevalência seja prejudicado.
Por fim, se mostra válido afirmar que Teich ainda defendeu em seus artigos o uso da telemedicina, apontada por ele como algo que não se basta quando utilizado de forma solo, mas que deve ser sim uma das ferramentas disponíveis no sistema de saúde para ajudar na pandemia.