Durante a última semana, a atriz e cantora Lea Michelle, conhecida pelo seu trabalho na série estadunidense "Glee", foi denunciada por uma ex-colega de elenco, que a acusou de fazer o seu tempo no programa um verdadeiro inferno por motivos racistas. Após os fatos destacados, ainda na última quinta-feira (04), outras denúncias contra Michele acabaram vindo à tona.

A atriz transgênero Plastic Martyr usou as suas redes sociais para comentar a respeito de Lea Michele e de um caso envolvendo suposta transfobia por parte da atriz. Tal caso teria acontecido há alguns anos durante uma premiação em que as duas estavam.

Segundo o relato de Plastic Martyr, Lea reagiu de maneira negativa à sua presença em um dos banheiros femininos do Emmy, o Oscar da televisão estadunidense. Na sequência, a atriz revelou que a ex-estrela de "Glee" é uma pessoa bastante desagradável e revelou que quando tudo aconteceu, ela ainda estava em processo de transição. Dessa forma, ela acabava não sendo reconhecida como mulher em todos os ambientes que frequentava.

Ainda falando sobre o assunto em questão, Plastic destacou que estava lavando as mãos e pediu licença a Lea Michelle para conseguir alcançar o sabonete. Entretanto, a atriz respondeu de uma forma grosseira afirmando que quem deveria lhe dar licença era ela, que estava no banheiro feminino, um ambiente em que não deveria estar.

Posteriormente, Plastic Martyr revelou que ela se lembra de ter deixado a sua casa naquele dia se sentindo linda e, após o seu contato com Lea Michele, acabou se tornando “consciente do seu corpo” e acabou ficando envergonhada de ser quem ela é. O relato em questão foi feito através das redes sociais, assim como as demais denúncias a respeito de Michele.

Plastic Martyr faz alerta sobre transfobia

Logo após contar a respeito do seu encontro com a ex-estrela de Glee, Martyr ainda afirmou que não estava tentando mandar nenhuma espécie de ódio para Lea e nem gostaria que alguém fizesse isso em seu nome. Além disso, a atriz também destacou que não gostaria de “enterrar” a carreira de ninguém ao expor a sua história.

Assim, segundo Plastic, o objetivo de falar sobre o que aconteceu entre ela e Lea Michele era somente abrir os olhos das pessoas para a existência da transfobia, visto que o assunto ainda é pouco comentado pela comunidade de uma forma geral, mesmo entre a classe artística.

Por fim, Plastic Martyr ainda relatou que as pessoas transgênero não são inimigas de ninguém e não deveriam ser vistas dessa forma. Além disso, a atriz destacou que a comunidade trans não serve somente para ser feita de piada pelos demais.