A atriz Scarlett Johansson poderá embolsar US$ 50 milhões (R$ 254 milhões), caso vença o processo que está movendo contra a Disney por violação de seu contrato com a Marvel Studios.

Forbes

A quantia, de acordo com informações da revista Forbes, é o valor que fontes ligadas à artista afirmam que ela perdeu por causa do lançamento do filme "Viúva Negra", tanto nos cinemas quanto no serviço de streaming da Disney, o Disney+, no início de julho.

A produção arrecadou em seu primeiro fim de semana US$ 218 milhões, o equivalente a R$ 1,1 bilhão. Porém, US$ 60 milhões (R$ 309 milhões) vieram de assinaturas do Disney+.

Pouco tempo depois, o longa-metragem sofreu uma queda brutal logo em sua segunda semana de exibição nos cinemas, o que pode ser a consequência de sua exibição no streaming, o que impactou no salário da atriz.

No processo, a defesa de Scarlett Johansson alega que o contrato assinado entre a artista e a Marvel garantia que a produção seria lançada somente nos cinemas, e que eles tentaram renegociar o pagamento da atriz porém não foram recebidos. Eles finalizaram dizendo que "A Disney tem obrigação moral de honrar seus contratos".

A Disney, por sua vez, divulgou uma nota em que dizia que lamentava o posicionamento de Scarlett e afirmaram que não existe mérito nas acusações da interprete de Natasha Romanoff.

A empresa ainda revelou que Scarlett Johansson ganhou US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) por seu trabalho no longa. Os advogados da atriz ficaram revoltados pela empresa ter revelado quanto ela ganhou.

A atriz de 36 anos se tornou um dos grandes destaques do UCM (Universo Cinematográfico Marvel). Ela participou de nove produções.

Sua estreia foi em 2010 no filme "Homem de Ferro 2" Até chegar na primeira aventura solo da personagem em 2021 com "Viúva Negra".

Ataques

As declarações da Disney sobre o posicionamento de Scarlett fez com que as organizações Time's Up, ReFrame e Women in Film divulgassem uma nota em conjunto no último sábado (31) em que declararam a forma como a Disney se referiu à atitude da atriz se tratou de um "ataque de gênero".

A nota das organizações que lutam pelos direitos das mulheres na indústria do entretenimento afirma que ainda que não se posicione sobre a disputa judicial entre Johansson e a The Walt Disney Company, eles se posicionam de maneira firme contra a declaração da empresa, que tentou caracterizar a atriz como "egoísta" ou "insensível" por defender seus direitos no contrato.

Segundo as organizações, o comportamento da Disney não acrescenta em uma disputa de negócios e contribui para que as mulheres sejam vistas como menos capazes que os homens de defenderem seus direitos.