A Netflix estreou na última terça-feira (14) a sua primeira série de ação policial brasileira, “DNA do Crime”. A criação do cineasta Heitor Dhalia está agradando os assinantes da plataforma de streaming e já figura no Top 10 da Netflix. A série de oito episódios é protagonizada por Maeve Jinkings, Rômulo Braga, Thomás Aquino e Pedro Caetano, e tem inspiração em um crime real.

A trama

A obra é ambientada em Foz do Iguaçu, no Paraná. A cidade que tem como principal atração turística as Cataratas do Rio Iguaçu está localizada na chamada Tríplice Fronteira, que conta com Brasil, Paraguai e Argentina.

Foz do Iguaçu é vizinha de Ciudad del Este e Puerto Iguazú. A dupla Suellen (Jinkings) e Benício (Braga), agentes da Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu, tem como missão investigar um grande assalto que ocorreu no Paraguai.

A dupla então segue as pistas que encontraram em uma seguradora de valores, onde o crime ocorreu, e ao coletarem amostras de DNA, percebem que a investigação é mais complexa do que eles imaginavam, pois há muito mais coisas por trás daquele roubo. O crime está conectado com uma poderosa organização criminosa que opera tanto no Brasil como no Paraguai, então a série mostra a guerra entre a facção criminosa e a utilização de técnicas forenses modernas pela PF.

Crime real

A obra tem inspiração em um impactante crime que ocorreu no Paraguai em 2017 e ganhou fama mundial, e atenção da mídia por vários dias.

Naquele ano, uma seguradora de valores foi assaltada e foram levados US$ 11 milhões. O crime foi orquestrado por trinta homens que utilizaram diversos tipos de armamento. Inicialmente eles conseguiram se desvencilhar da polícia.

Ao longo da investigação, a PF começou a utilizar estratégias inovadoras de investigação e conseguiu chegar aos criminosos por meio da coleta de material genético, o que levou à conclusão de que quase todos os bandidos eram brasileiros.

Um ano após o assalto, oito brasileiros foram condenados e depois presos por envolvimento no crime. O criador de “DNA do Crime”, Heitor Dhalia, contou que a produção procurou explorar uma modalidade de crime que não é tão explorada em obras audiovisuais de ficção.

Segunda temporada

Ainda não há informações oficiais se a série ganhará uma segunda leva de episódios.

A estratégia da Netflix é esperar os resultados da receptividade dos assinantes. A gigante do streaming geralmente leva quatro semanas para tomar uma decisão sobre a continuação ou não de uma série. Porém, ainda que não seja algo definitivo, o fato de a equipe criativa da obra ter deixado as portas abertas para uma segunda temporada, pode ser indicativo de que esteja tudo planejado para mais uma temporada de “DNA do Crime”.