Vem crescendo o número de cristãos que estão praticandosua fébaseados nos evangelhos e epístolas que compõem a Bíblia Sagrada, que descrevem as práticas da Igreja primitiva. Esse grupo de pessoas procuram ter comunhão com os irmãos sem a interferência de denominações ou líderes religiosos, nem com os moldes da igreja tradicional e da igreja neopentecostal.

A motivação principal para essa transição que a igreja brasileira está passando é a crise moral ocasionada pelo movimento que prega a teologia da prosperidade, que ensina que ter é mais importante que ser.

Segundo esse grupo de cristãos, os ritos, doutrinas e tradições pregados pelas denominações devem passar por uma revisão. Eles defendem a desinstitucionalização da igreja cristã e o retorno ao evangelho puro e simples.

Entre as principais mudanças em comparação com as denominações existentes hoje no Brasil, estápreferirem reuniões em qualquer lugar de fácil acesso, considerando que o Templo é o próprio cristão, sem construções de Templos luxuosos como "casa de Deus". As pessoas que pregam o evangelho são consideradas iguais aos outros irmãos, não sendo tratadas como seres especiais. O acesso à Deus é feito diretamente, sem relações de pastores. A Bíblia é amplamente utilizada nas pregações, evitando guerras teológicas defendidas por vertentes diversas pregadas nas denominações.

Não são recolhidos dízimos, como nos templos, sendo aoferta dada de forma voluntária, sem estipular valores e utilizada para ajuda aos necessitados, rompendo com o ato de dizimar pregados pelos líderes religiosos, usado como forma de "constranger a Deus" a resolver seus problemas pessoais, sobretudo os financeiros.

As denominações também defendem a ideia de que a frequência nos cultos e o templo é a única forma de se proteger do mundo que é mau.

O novo grupo defende que os valores cristãos devem ser exercidos na vida cotidiana e não somente dentro das igrejas. Eles compartilham estudos e experiências através das redes sociais, bem como denúncias contra o sistema corrupto evangélico, como o comércio da fé, onde os líderes evangélicos famosos lucram com a venda de produtos e shows gospel.