As micro e pequenas empresas, no Brasil, conseguem a cada dia que passa uma maior participação na economia, alcançando quase 90% do total de empresas segundo o IBGE (2004), se caracterizando como importantes geradores de emprego e renda no país. Em pesquisa realizada pelo SEBRAE (2004), 99% das empresas do Brasil são micro e pequenas empresas, que representam praticamente 70% das unidades de Trabalho e 20% do PIB.
No Brasil, de acordo com pesquisa realizada em São Paulo pelo Sebrae/SP (2001), os principais fatores que influenciam a abertura de micros e pequenas empresas são: o sonho de ter o próprio negócio (34%); a oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento técnico sobre determinado produto ou serviço (11%); a única alternativa diante do quadro de Desemprego (6%); exigência dos clientes e fornecedores (6%); ter recursos financeiros sobrando (4%); insatisfação no emprego (2%) e outras razões (9%).
Mas a grande maioria dos novos empreendimentos não chega a completar dois anos de atividade. Segundo dados do SEBRAE (2004), das empresas abertas, 31% não ultrapassam o primeiro ano de atividade e após 5 anos chega a 60%. E também se afirma que: "durante os dez anos de monitoramento da mortalidade de empresas, verificou-se que, em geral, as causas desse fenômeno sofrem pouca variação" (2008, p. 57).
"As empresas encerram suas atividades não apenas devido a uma única causa, mas sim, devido a uma sucessão de falhas ou problemas que, por não serem resolvidos no tempo apropriado, levam à paralisação de suas atividades" (SEBRAE, 2008, p. 57).
Como causas principais da mortalidade empresarial, pode-se citar: empresários que não têm o costume de planejar e colocar metas para serem atingidas; pouco conhecimento do investimento; gerenciamento de custos ineficaz, elevada carga tributária dos produtos e serviços; dificuldades com fluxo de caixa; falta de análise de mercado e problemas pessoais dos proprietários.
Muitos microempresários ignoram sua incapacidade de gerir empresas e, consequentemente, não contratam um profissional da área que possa auxiliá-lo nessa atividade de gestão. Segundo Sebrae/SP (2001, p. 21), "a falta de dedicação exclusiva do proprietário à condução da empresa é um fator importante, principalmente, no primeiro ano de atividade da mesma".
A relação entre sócios pode ocasionar grandes problemas em uma empresa, podendo chegar a seu fracasso. "Para minimizar esses problemas, o plano de Negócios deve conter dados bem detalhados da atuação de cada sócio, do capital integralizado e da divisão de tarefas", segundo o consultor do Sebrae-MG Arnou dos Santos.
Para o consultor do Sebrae-SP, Renato Fonseca, "a maioria dessas questões são inerentes ao entendimento das sutilezas do negócio que podem significar a diferença entre lucro e prejuízo.
É preciso fazer uma auto avaliação e entender virtudes e defeitos e tentar resolver as deficiências".
De acordo com o SEBRAE os fatores constituintes se dividem assim:
• Carência de um planejamento apropriado;
• Ausências na gestão empresarial de um projeto adequado;
• Falta de projetos públicos de apoio aos micros e pequenos empreendimentos;
• Problemas pessoais influenciando sobre o negócio.
• Falta do comportamento empreendedor.