Um policial militar do batalhão de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, teve uma atitude bastante corajosa e de muito caráter. Ubiratan Assis, sargento militar, prendeu o próprio filho, um menor de 17 anos. O filho chegou em casa com um carro de luxo, o qual a família desconhecia a propriedade.

Além do carro, o jovem estava com 3 celulares e um cordão de ouro. O sargento, que estava no serviço no momento, foi avisado pela ex-mulher, que desconfiou dos bens que foram levados para a casa pelo filho. O PM seguiu direto para a casa da ex-mulher, e, juntamente com o filho, foram a delegacia.

Ao chegar na delegacia, ele descobriu que o carro era produto de roubo, assim como os aparelhos celulares. Mesmo sendo seu filho, o PM agiu como profissional e deu voz de prisão ao rapaz. Em depoimento, o menor admitiu que o carro é produto de um assalto, mas que ele não participou do delito. Ele informou que recebeu dinheiro para guardar os objetos.

O menor encontra-se apreendido. Em entrevista para Diana Rogers, da Rádio Globo, o pai diz que não se arrependeu do que fez. O adolescente, que estava apreendido na delegacia de Neves, foi transferido para o instituto Dom Bosco, onde abriga menores infratores. 

A criminalidade cometida por jovens é um problema antigo no Brasil. Devido a falta de punições para os menores, muitos são aliciados para o tráfico de drogas. Estatísticas apontam que a participação de menores em crimes, tais como homicídios, variam de 3 a 31% por estado. 

O estado do Ceará lidera o ranking de participação de menores em homicídios.

A taxa do estado é 30,9%. Em seguida, vem o Distrito Federal. A capital do país, Brasília, tem uma taxa de 30,2% de participação. Em terceiro lugar vem o estado de Minas Gerais, com uma taxa de 14,9%. O estado com menos participação é o Maranhão, com 3,9%.

A proposta de lei que visa reduzir a maioridade penal, de 18 para 16 anos, e busca punição para os casos de crimes de lesão corporal seguido de morte, homicídio doloso, e crimes hediondos, como o estupro, foi aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados com 323 votos a favor e 155 contra. O projeto agora aguarda votação do Senado.

Se fosse com você, qual seria sua atitude? Teria coragem de denunciar o próprio filho. Deixe abaixo seu comentário.