Os protetores dos Animais têm um bom motivo para comemorar: O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve o seu parecer sobre a proibição do rodeio com animais em Barretos ao julgar recurso do evento. A decisão foi decidida por unanimidade.

As provas de laço e vaquejada sempre foram foco de críticas em todo o país devido o sofrimento que os animais passam para entreter o público. Na prova do peão, os bois têm sua virilha amarrada, de forma que ele entra em desespero com o aperto na região e por isso fica pulando no espaço das ‘apresentações’, fazendo com que pareça bravo, quando na verdade só está desesperado com a dor.

Em vários municípios paulistas já existem leis que proíbem os rodeios, bem como o uso de animais em circos há alguns anos. Neste caso, a tradicional festa que leva grandes nomes da música sertaneja, bem como astros internacionais, tem autorização para acontecer normalmente, mas os bois e cavalos estão proibidos de serem levados para o evento.

Mais do que indignação de protetores de animais e de populares, a vaquejada e demais provas com bois ou cavalos em rodeios e eventos do tipo, ferem o preceito constitucional que determina que os animais não devem ser expostos a nenhum tipo de crueldade e que cabe ao poder público, sociedade e cidadãos preservar pela proteção da flora e fauna, incluindo-se os animais domésticos e selvagens.

Organizadores do evento bem como pessoas que cresceram ‘apreciando’ o sofrimento dos animais nos rodeios alegam que a decisão fere a manifestação cultural de um povo, entretanto, o magistrado argumentou com um parecer oficial da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, de que o animal passa por evidente sofrimento para entreter o público e que uma manifestação cultural não pode ser justificada com a submissão de animais a tamanha crueldade.

Para finalizar, o desembargador e relator da ação, Péricles Piza, deixou claro que retirar os animais desse tipo de ambiente hostil em nada alterará os lucros da Festa do Peão, uma vez que a maioria das pessoas que comparecem ao local estão interessadas nos shows e comidas típicas vendidas em torno do local. Sendo assim, decisão tomada, mais uma cidade brasileira livre dos maus tratos de animais em rodeios e que isso sirva de exemplo para outras cidades.

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