O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi chamado para discursar no Senado pouco antes das 23h e mais uma vez entrou para a história da Política brasileira.
Seu discurso, ao contrário do que muita gente pensava que seria de ódio e vingança, foi coerente e repleto de dados reais que fizeram muitos senadores refletirem, inclusive Renan Calheiros que tomou a palavra após o discurso comentando o assunto abordado e cumprimento o senador Fernando Collor.
Collor comparou o seu processo de Impeachment com o de Dilma, sendo que o dele foi decidido em 48 horas, o que o obrigou a renunciar antes da decisão.
O senador sinalizou que o processo de Dilma está há 23 dias apenas nessa fase de discussões. Também falou que o parecer de seu impeachment tinha meia página contendo dois parágrafos, enquanto o parecer de Dilma Rousseff possui mais de cem.
De forma séria e embasada em fatos reais, o ex-presidente confidenciou que já havia conversado com Dilma e sugerido que ela viesse à público, se desculpasse por seus erros e promovesse um novo começo, mas ela não o ouviu. Também afirmou que a alertou sobre um eventual impeachment em um futuro não muito distante e que a 'autossuficiência da presidente Dilma falou mais alto que a razão'.
Por conta disso, hoje Dilma passa por um processo quase impossível de se reverter na fase de julgamento e sua autossuficiência continua falando mais alto, pois também afirma que não renunciará sob hipótese alguma.
Ao término de seus quinze minutos de fala, Fernando Collor declarou: 'A história me reservou esse momento'. Collor também afirmou que esses são outros tempos. O político foi cumprimentado por alguns colegas da Casa e Renan Calheiros não chamou o próximo senador a discursar sem antesutilizar-se decerca de dois minutos para falar sobre a necessidade de haver uma reforma política e comentando a lei do impeachment.
Cumprimentou Collor e afirmou que ele fez um importante discurso em um momento histórico.
O ex-presidente não declarou seu voto contra ou a favor, sendo possível que se abstenha da votação, mas suas palavras puderam esclarecer muitos fatos na cabeça de senadores e cidadãos que ainda não tinham parado para pensar que o mesmo impeachment que Dilma passa, não é o mesmo que Collor passou, nem em causa de pedido, nem em teor do rito, sendo que são amparados pela mesma lei. Mais um momento que figurará nos livros de história como um dos momentos mais marcantes da democracia brasileira.