O vídeo do estupro coletivocometido por mais de 30 homens contra uma adolescente no Rio de Janeiro ainda é amplamente compartilhado e divulgado no popular aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, pertencente ao Facebook. Apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê que compartilhar esse tipo de material configura crime, com detenção de 4 a 8 anos de prisão, os usuários não se intimidam e continuam divulgando em vários grupos as imagens doabuso sexualcometido contra a jovem carioca.

Além das imagens do vídeo, onde são exibidos com riqueza de detalhes todo o abuso sexual cometido contra a adolescente, também são divulgadas imagens e fotos da garota abusada no Rio de Janeiro posando com traficantes e exibindo armas de grosso calibre.

A autenticidade das fotos não foi comprovada.

Pelas redes circulam também informações sobre o comportamento da garota. Os usuários levantam a questão de que a jovem teria sido responsável pelo abuso sexual coletivo, uma vez que se expôs aos riscos por frequentar bailes funk e ser declaradamente usuária de drogas. “Assim, mais uma vez, fomenta-se a ideia da cultura do estupro no país, onde a vítima do abuso sexual precisa 'justificar' seu comportamento para não ser julgada pela sociedade”, diz uma das mensagens em um desse grupos, condenando o pré-julgamento da adolescente.

Vídeo de abusocoletivo em site erótico

Mas não é apenas pelo aplicativo de troca de mensagens que o vídeo do estupro coletivo por mais de 30 homens no Rio de Janeiro circula livremente.

Na internet, é fácil localizar as fotos e imagens da adolescente carioca de 16 anos sendo abusada sexualmente. Em sites eróticos e de conteúdo adulto e pornográfico, o vídeo da adolescente já é um dos conteúdos mais acessados pelos usuários. Em apenas um, dentre os milhares de vídeos que circulam pela rede, o número de visualizações já passa de 5 milhões.

E continuam aumentando dia após dia, em razão da grande repercussão do caso. De acordo com especialistas, o controle desse tipo de conteúdo é difícil, uma vez que para cada cópia reproduzida em algum site de grande acesso, gera ao menos outras dezenas de vídeos.