O bacharel em direito Roberto Elísio Coutinho foi preso na manhã desta sexta-feira (26). Ele estava desaparecido desde a quinta-feira (25) quando um vídeo onde ele aparece agredindo a própria mãe, uma idosa de 84 anos, viralizou na internet e revoltou internautas do país inteiro.
Ao ser detido, o homem disse que o vídeo havia sofrido alterações e que o conteúdo real não era aquele que aparece.
"Eu vou fazer com que tudo isso seja esclarecido e a verdade venha à tona. Acontece que nem tudo é do jeito que se vê", declarou.
Vale lembrar que quem filmou todas as agressões contra a idosa foi a própria esposa do acusado, que não teve a identidade revelada. Após algum tempo de negativas, o agressor resolveu mudar de tática. Em sua nova versão, ele disse estar arrependido, além de sofrer com graves distúrbios mentais.
"Acontece que eu estou sofrendo com um problema, eu tenho uma doença que está sendo tratada (...) Se tivesse como voltar no tempo, eu nunca teria feito uma coisa daquela", alegou.
Como o vídeo gerou uma comoção muito grande, diversas notícias sobre o assunto não param de surgir. A última delas se trata de uma suposta agressão que o homem teria sofrido no presídio.
De acordo com essa nova informação, que já viralizou, Coutinho foi humilhado e severamente espancado pelos demais presidiários. Ele teria sido despido e obrigado a dançar enquanto repetia que: "Era um filho mau, um monstro". O homem ainda teria apanhado tanto que o seu intestino acabou sendo perfurado.
A notícia ainda afirma que ele foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências da cidade de São Luís, no Maranhão, onde foi atendido e liberado para voltar a prisão, onde se encontra isolado dos outros detentos.
Como era de se esperar, esse novo "fato" fez a alegria de muita gente que se revoltou com o que o bacharel fez com a indefesa mãe. Mas ao que tudo indica, essa notícia não passa de um boato.
O fato é que nenhum portal de confiança ou jornal noticiou essa informação. Nenhum anúncio sequer sobre essa suposta agressão foi emitido pela Polícia, pelo presídio ou pelo hospital ou pelo Governo do Estado do Maranhão.
Além disso, não existe nenhuma prova de que a foto na qual aparece um homem ferido e que vem sendo divulgada como sendo Coutinho seja realmente ele. Pelo que tudo indica, mais uma vez milhares de pessoas caíram e continuam caindo numa brincadeira de alguém que ousou mexer com algo tão sério.
Por isso, vai uma dica que, apesar de antiga, é sempre válida. Pesquise sempre antes de divulgar qualquer informação. Os fake news não atrapalham somente quem compartilha a notícia, fazendo dele um divulgador de notícias falsas, ela atrapalha seriamente quem se esforça para levar informações verídicas aos seus leitores.