O rapaz que ficou órfão num crime cruel, encomendado por sua própria irmã, Suzane Von Richthofen, foi mais uma vítima dos traficantes inescrupulosos. Nesta terça-feira, 30, Andreas von Richthofen, um dos filhos do casal von Richthofen, assassinado cruelmente pelos irmãos Cravinhos, a mando de Suzane, foi retirado da região da Cracolândia. O rapaz de 29 anos foi internado no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. Segundo relato do G1, Andreas foi preso por policiais militares, quando tentava pular o portão de uma casa, que ele disse que pertencia ao seu tio.

Até então, o público desconhecia que o rapaz fosse viciado e tivesse caído nesta desgraça. O choque dos policiais, ao descobrirem de quem se tratava, foi imediato. Andreas, quando foi abordado, mostrava-se agitado, desorientado, agressivo e nitidamente debilitado pelo uso da droga. Ele passou por atendimento psiquiátrico imediato e foi internado à força. Ele tentou se ferir, jogando-se da maca, quando soube que seu destino seria a internação.

Ainda de acordo com o G1, o prontuário do rapaz indicava que ele estava um farrapo humano, com cabelos compridos, todo sujo, roupas rasgadas e com múltiplos ferimentos ao longo de seu corpo - segundo o prontuário, situação condizente com o “abuso de substâncias ilícitas”.

Ele também usava uma medalha dourada em que estava escrito o sobrenome Richthofen. Esta medalha foi retirada dele, pois é comum, nestes casos, os usuários se ferirem com aquilo que têm em mãos.

Ainda segundo informações da fonte, Andreas seria internado em uma clínica para dependentes de drogas, mas para isto, deveria haver a autorização de um parente.

Um tio havia sido localizado, mas até o encerramento desta pauta, ele não havia comparecido para acompanhar a internação.

Relembre o caso:

Andreas era um adolescente de 15 anos, quando seus pais foram mortos pela irmã, em conchavo com o namorado, Daniel Cravinhos, e o cunhado, em 31 de outubro de 2002. A irmã foi condenada a 39 anos de prisão e cumpre sua pena em Tremembé.

Ela confessou ser mandante do assassinato de seus pais, o casal Manfred e Marísia von Richthofen. O motivo era o dinheiro dos pais.

Suzane foi, junto com sua condenação penal, deserdada de uma herança milionária de seus pais e, como seu irmão era menor de idade, um tio de Andreas foi designado seu tutor, até que ele completasse maioridade penal para fazer uso dos bens. O tio responsável pelo dinheiro foi o médico Miguel Abdalla. Na época, Andreas disse que não queria ver a irmã, sob nenhuma hipótese. Já em seu último 'saidão', Suzane revelou o desejo de reencontrar o irmão, mas isso não aconteceu.

Medalha encontrada com o Andreas von Richthofen: