O presidente Jair Bolsonaro nomeou o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior para assumir o cargo de comandante da Marinha. A cerimônia de passagem do comando aconteceu nesta quarta-feira (9), no Clube Naval, em Brasília.

Bolsonaro utilizou uma lancha para chegar ao local da cerimônia. A embarcação saiu do Palácio do Planalto e percorreu o Lago Paranoá por 20 minutos, até chegar ao Clube Naval da Marinha.

Ilques Junior assumiu o comando da Marinha no lugar do também almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, nomeado em 2014 no Governo do PT.

Bolsonaro também substituiu os comandos da Aeronáutica e do Exército. Atualmente, essas Forças estão sendo comandadas, respectivamente, pelo o general Edson Leal Pujol e o tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez.

Em discurso, o almirante Ilques Junior afirmou que há necessidade de pôr rigor e prontidão ao sistema de defesa do Brasil, com objetivo de preservar os interesses brasileiros no que diz respeito a "Amazônia Azul", que corresponde a 52% do território continental brasileiro, onde se encontra uma rica biodiversidade de espécies.

O atual comandante da Marinha tem como prioridade o avanço e o desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear, como arma de estratégia naval para proteger o país.

Ele ressaltou que manterá a atuação conjunta com o Exército e a Aeronáutica.

Ilques Junior, 64 anos, já esteve à frente do Estado-Maior da Armada, órgão que assessora o comandante da Marinha. Em seu currículo, consta que atuou como guarda-marinha em 1976; diretor de Portos e Costas; secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha; comandante de Controle Naval de Tráfego Marítimo e em 2014 se tornou oficial-general de quatro estrelas (almirante de esquadra), posto mais alto da Marinha.

Equipe Ministerial de Bolsonaro

O atual presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, é capitão reformado do Exército e desde a sua vitória nas eleições em outubro de 2018 tem participado das cerimônias de passagem dos comandos das Forças Armadas. A próxima cerimônia será a do Exército.

A equipe ministerial do presidente Bolsonaro é composta também por militares.

Em campanha, o presidente sempre ressaltou a importância das Forças Armadas do Brasil. Após a posse, a atuação de Bolsonaro nesses espaços tem se sido ativa, de modo a valorizar os profissionais que trabalham nas defesas brasileiras.