Uma sirene tocada às 5h30 fez moradores de comunidades próximas ao Córrego do Feijão e Tejuco, no município de Brumadinho (MG), correrem para deixar suas casas. O sinal sonoro foi tocado pela empresa Vale, após um risco iminente de rompimento de uma nova barragem denominada B6. O risco advém das chuvas que aumentaram na região. O aumento do nível de água aumentou o risco de uma nova tragédia.

Segundo a autoridade que coordena as buscas na região, Coronel Ângelo, não chegou a haver o rompimento, mas o risco é iminente. Portanto, os técnicos da empresa decidiram acionar o sinal para evitar novas mortes.

“A barragem não rompeu, mas os técnicos indicaram risco iminente de rompimento e acionaram a sirene de evacuação", disse a autoridade.

Vale está bombeando água para minimizar riscos

Segundo outra autoridade, a barragem contém água e as chuvas aumentaram o nível de represamento. A sirene então foi tocada para a retirada dos moradores das áreas de risco. A prevenção feita pela Vale é o bombeamento dessa água para outros locais.

Por conta dos riscos, o trabalho de resgate também foi suspenso.

O Corpo de Bombeiros coordena a retirada dos moradores. Os pontos de concentração de pessoas são orientados pela corporação: o quartel da cidade, a Igreja Matriz, que fica no centro, e o Morro do Querosene, um dos locais mais altos das redondezas.

Os locais são considerados mais seguros e, segundo estudos, mesmo se houver rompimento, as áreas não seriam atingidas. Por outro lado, existem quatro regiões de grande risco: Parque da Cachoeira, Pires, Centro de Brumadinho e Bairro Novo Progresso.

Barragem B6 sofre risco de rompimento

A barragem B6, diferente da que rompeu, é uma barragem de água, que represa entre 3 a 4 milhões de metros cúbicos de água.

A B6 fica ao lado da barragem 1, do córrego do Feijão, que rompeu e causou a grande tragédia no local.

Quantidade de vítimas sobe neste domingo

Na noite de sábado (26), chegou-se a falar em 40 vítimas, mas foram confirmados 34 mortos. O número chegou a 37 neste domingo. Apenas oito foram identificados. Ainda existem 296 pessoas desaparecidas entre funcionários e terceirizados.

Há também 23 pessoas internadas em hospitais da região.

Segundo o presidente Jair Messias Bolsonaro, a ajuda do governo israelense deve chegar no início da noite deste domingo. O avião virá com toneladas de equipamentos para identificar corpos e possíveis sobreviventes na lama e trará também profissionais especializados.