Na tarde da última quarta-feira (9), o prefeito da cidade de Novo Acordo (TO), Elson Lino de Aguiar (MDB), de 59 anos, foi alvo de três disparos, ocorridos dentro de sua própria casa. As investigações ocorreram de forma rápida e nesta quinta, o vice-prefeito, Leto Moura Leitão Filho (PRB), foi preso em flagrante acusado de ter sido o mandante do atendo contra o chefe do executivo municipal, que está fora de perigo. A motivação da tentativa de homicídio seria um desentendimento na distribuição de propina.

Segundo informações pesadas pela família do político, Dotozim, como é conhecido, estava sozinho em sua casa, que não possui muros e cuja a porta da sala estava destrancada.

O atirador se aproveito disso para invadir o local e efetuar três disparos contra o prefeito, que estava em seu quarto e depois fugiu em uma motocicleta.

Elson foi atingido na cabeça, ombro e perna e, mesmo ferido, conseguiu ir até a rua e pedir ajuda. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade e posteriormente transferido para Palmas, onde segue internado. Seu estado, de acordo com a família, é estável.

Atirador e empresário também detidos

Além do vice-prefeito, a Polícia também prendeu Gustavo Araújo da Silva, apontado como o homem que executou os disparos. Ele receberia R$ 10 mil para cometer o crime, mas o valor não chegou a ser depositado. Outro detido foi o empresário Paulo Henrique Sousa, que seria a pessoa a ter feito a intermediação entre o vice-prefeito e o atirador.

Responsável pelo caso, o delegado Diogo Fonseca explicou que o crime já estava sendo planejado há aproximadamente três meses. Inicialmente, haviam sido contratados dois homens para executar o prefeito, porém, de acordo com a autoridade, eles acabaram tendo um problema com a polícia e não conseguiram cumprir com a “missão” que lhes foi designada.

Pediu para que pistoleiro tentasse de novo

Com o insucesso dessa nova investida, o vice-prefeito, de acordo com informações passadas pela polícia, teria novamente entrado em contato com o pistoleiro antes dele ser preso e dobrado o valor da oferta, pagando agora R$ 20 mil para a execução do político.

Briga por propina seria a motivação

Segundo informações passadas pelo delegado Leandro Risi, que coordenou a investigação, a motivação para o atentado teria sido um desentendimento por conta do repasse de propinas.

O prefeito, de acordo com a autoridade, não teria repassado a parte que caberia ao vice. “Em principio, por uma divisão de recursos advindos de fraudes em licitações na prefeitura”, disse.

O vice-prefeito, Leto Moura Leitão, negou as acusações e disse que não tem participação em esquemas de propina. Já a defesa do prefeito baleado repudiou as acusações. De que houvesse esquemas de propina na prefeitura.