Novamente no território de Minas Gerais, na região Central onde está localizada a cidade de Barão de Cocais, habitantes de 3 mil casas teriam um curto prazo de tempo para fugir dos desmoronamentos, precisando se locomoverem no espaço de uma hora, caso a Barragem Sul Superior se rompa. Seguindo em nível 3 de emergência até a manhã do dia 23, notícias do local indicam que pode haver um rompimento a qualquer momento, colocando a vida das famílias em risco.
Logo após a polêmica do possível rompimento, integrantes de diferentes ordens públicas, como do Corpo de Bombeiros, Polícia e Defesa Civil se juntaram neste sábado, com uma intensa discussão a fim de solucionar o caso e achar meios específicos para o treinamento dos habitantes do local.
A população, no entanto, vem reclamando profundamente das atitudes do governo, dizendo que as medidas demoraram muito tempo para serem discutidas.
Homem faz desabafo para os jornalistas
Um funcionário da cidade, denominado Maxwell Andrade, em entrevista à GloboNews, resolveu desabafar que a ordem pública esperou a barragem subir do nível 2 para o nível 3 para poder disponibilizar os treinamentos que deveriam ser feitos há tempos atrás. Continuando, ele ainda diz ser um absurdo com a população a falta de "descrédito" e "má vontade" do governo.
Desde o primeiro momento em que as sirenes de alerta ecoaram, 450 moradores se viram obrigados a deixar suas casas que estavam em uma área de autossalvamento.
Os cidadãos estão fora de seus abrigos desde o dia 8 de fevereiro. Com as novas notícias de um possível rompimento, o governo se vê correndo conta o tempo para colocar os moradores em um lugar seguro.
Os indivíduos que não podem se locomover ou exibem certo tipo de dificuldade para sair das áreas, receberão as ajudas necessárias para sua retirada do local, segundo informações dadas pela Defesa Civil.
Em entrevista concedida ao R7, Flávio Godinho, tenente-coronel e coordenador adjunto da Defesa Civil, foi indagado sobre a realização dos treinamentos que se mostram necessários após mudanças drásticas nos níveis das barragens. Godinho ressalta que as posturas essenciais para a empresa precisam ser realizadas e, daqui para frente, devem seguir com o treinamento, já solicitado tempos atrás.
Com surpreendentes 3 mil casas na zona secundária, os encaminhados para resolver o caso se deparam com um grande desafio, precisando ser feitos pontos de fuga, rotas e encontros. A empresa Vale foi procurada para falar sobre os acontecimentos, entretanto, nenhum dos responsáveis se manifestaram até o momento.