A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou na madrugada desta sexta-feira (8) que a sirene de emergência fosse acionada e que cerca de 500 moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, evacuassem os locais em caráter de urgência, devido à falta de estabilidade verificada na barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, localizada na cidade de Barão de Cocais, cerca de 100 km de Belo Horizonte, e de responsabilidade da Vale.

A evacuação dos moradores

De acordo com uma nota emitida pela Prefeitura de Barão de Cocais, a operação de evacuação dos moradores de Socorro e região, foi realizada a partir da 1h por meio de ônibus e outros veículos, disponibilizados pela mineradora Vale, e as pessoas foram conduzidas ao Ginásio Poliesportivo, localizado na cidade.

O motivo da determinação para evacuação

O Secretário de Comunicação de Barão de Cocais, Mardem Chaves, em entrevista concedida ao jornal "Bom Dia Minas", da Rede Globo Minas, declarou nesta manhã que a evacuação é uma medida preventiva, direcionada aos moradores próximos à barragem num perímetro de cerca de 2 km.

Chaves informou ainda que a medida preventiva da implantação do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), de nível 1 foi tomada após a empresa de consultoria Warm negar que a barragem possuía uma estabilidade estrutural segura.

Providências da Vale

De acordo com a mineradora, a Barragem Sul Superior da mina Gongo Soco tem sido inspecionada de forma intensificada, e a medida de evacuação é apenas preventiva e cautelar.

A Vale ainda informou que está providenciando a implantação de equipamentos capazes de detectar movimentos milimétricos nas estrutura da barragem.

De acordo com a Agência Nacional de Mineração, serão realizadas novas avaliações na barragem neste próximo domingo (10) para que a agência possa ter informações mais precisas sobre os possíveis riscos de rompimento da barragem.

Esta medida de evacuação foi tomada há apenas duas semanas após o rompimento da barragem de Brumadinho, localizada no Córrego do Feijão, em Minas Gerais, próximo a Belo Horizonte. Um desastre que causou um caos na região, matando dezenas de pessoas e deixando outras dezenas desaparecidas. Até esta última quinta-feira (7), já haviam sido encontrados 157 corpos e contabilizadas mais 182 pessoas desaparecidas devido ao rompimento da barragem.