João Carlos de Oliveira estava na lista de desaparecidos da tragédia de Brumadinho. Nesta última quinta-feira (28), a Polícia Civil afirmou que o nome do homem foi retirado da lista, pois o mesmo não se encontrava no local no dia da tragédia.
Um parente informou de forma errônea o nome de João. O rapaz era funcionário terceirizado da Vale e nem imaginava que seu nome estava na lista de desaparecidos.
A assessoria de imprensa da corporação não considera esse caso como fraude, visto que João não tentou de forma alguma conseguir alguma vantagem financeira.
Além do nome de João, a Polícia Civil também solicitou que mais seis nomes fossem removidos da lista de desaparecidos. Os fundamentos para a retirada desses nomes se baseiam em investigações que estão demonstrando que essas pessoas tiveram os nomes incluídos de forma errônea, além disso a polícia afirma que houve confirmação de que a pessoa incluída na lista foi encontrada e está viva.
Alguns casos quem fez a inclusão são pessoas suspeitas de estelionato e para conseguir vantagem econômica, informaram o nome de pessoas que não estavam na região no dia da tragédia.
Onze pessoas presas por estelionato
A tragédia em Brumadinho aconteceu no dia 25 de janeiro, desde então a Polícia Civil conseguiu prender onze indivíduos por estelionato. Ainda está em andamento outros sete inquéritos com o intuito de investigar golpes. Destes sete, três foram consumados e quatro foram apenas tentativas.
Os indivíduos tentaram dar golpe de diversas formas, entre elas, inventar que morava no local ou informar que parentes já mortos, estavam perdidos em meio a tragédia.
No dia 11 e 18 deste mês de março foram registradas as duas últimas ocorrências de tentativa de golpe. No dia 11, um rapaz de 46 anos relatou à polícia que sua filha era uma das vítimas e havia desaparecido em meio a lama.
O homem também disse que teve um prejuízo enorme pois perdeu 11 mil animais. A polícia fez uma rápida investigação e descobriu que a filha citada pelo homem que é natural da Bahia, estava viva, e foi localizada em Ilhéus, a moça disse que nunca conheceu o pai e o homem foi preso.
Já no dia 18, quem tentou dar o golpe foi uma mulher de 58 anos que é natural de Brasília. Ela disse que tinha uma casa na região atingida, entretanto não morava nela. A Vale chegou a pagar a mulher pelo suposto prejuízo.