Terminou nesta sexta-feira (15) o julgamento do caso do menino Bernardo, que ganhou repercussão nacional e só foi julgado em primeira instância, depois de quase cinco anos do crime. O menino, filho de Leandro Boldrini, morreu após uma superdosagem de medicação prescrita pelo próprio pai e administrada pela madrasta, Graciele Ugulini. O julgamento que começou no início da semana, aconteceu em Tribunal do Júri, que ouviu depoimentos de testemunhas, delegados e outros envolvidos no caso. O pai chegou a negar que teria prescrito o medicamento que gerou a morte de Bernardo.

Um perito usado pela defesa identificou uma interrupção na assinatura do homem, alegando que ela teria sido falsificada.

Já a madrasta, confirmou que realmente gerou a morte do menino que na época, tinha apenas 11 anos, mas disse ter se tratado de um acidente. A outra mulher que estava com ela, Edelvânia, passou mal durante o julgamento e negou participação no crime.

Entretanto, após a exposição de motivos de todos os lados, a juíza Sucilene Engler, diante da condenação votada no Tribunal do Júri, emitiu a sentença final contra todos os réus: pai, madrasta e irmãos Wirganovicz foram condenados.

Juíza condena em primeira instância no caso do Menino Bernardo

Após quase cinco anos da superdosagem de Midazolam e da morte de Bernardo Boldrini, crime que chocou Frederico Westphalen e todo o Brasil, os réus acabaram condenados.

O julgamento aconteceu em Três Passos. O pai do menino, Leandro Boldrini, foi condenado por homicídio. Já a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, foi condenada por homicídio qualificado. Já Edelvânia Wirganovicz foi condenada por homicídio e ocultação de cadáver. Seu irmão, Evandro, também pegou a pena por homicídio, além da ocultação de cadáver.

O Tribunal do Júrie ra composto de sete jurados.

Graciele Ugulini é condenada a 34 anos e 7 meses de reclusão e Leandro a 33 anos e 8 meses de reclusão.

Os réus poderão agora pedir anulação do Júri ou recorrer da pena imposta.

Relembre o caso

Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014 na cidade de Três Passos (RS). Seu corpo foi encontrado dez dias depois, em Frederico Westphalen, enterrado às margens de um rio. O pai chegou a ir trabalhar três dias depois da morte do filho, o que foi lembrando na sentença da juíza. Ele teria prescrito o Midazolam ao filho e a esposa teria executado o crime. Já os irmãos Wirganovicz, que foram condenados pelo homicídio, também foram responsáveis por ocultar o cadáver da criança.