A Gaviões da Fiel encerrou seu desfile na manhã deste domingo (3) de uma maneira polêmica. Isso porque a escola trouxe diversas representações religiosas e também uma releitura do samba-enredo de 1994 intitulado "A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente". A performance ganhou elogio dos comentaristas da TV e também nas redes sociais.
No entanto, também provocou polêmica na internet.
Isso porque uma representação da batalha do bem contra o mal mostrava Satanás e seus demônios confrontando Jesus Cristo e seus arcanjos.
Em um dos carros alegóricos havia uma escultura de Oxalá, com Exus e também pretos velhos nas laterais. Em outros carros, também foi possível ver figuras de Satanás, que neste caso é associado à serpente que teria enganado Santo Antão, segundo tema proposto para o samba-enredo.
O fato em si não chamou tanto a atenção já que a escola apresentou um belo trabalho. Soube conduzir o desfile com o mesmo louvor dos outros anos, mostrando detalhes sobre o seu enredo e também fantasias.
Porém, nas redes sociais surgiram algumas polêmicas por causa da embate entre Satanás e Jesus durante o desfile, simbolizando a luta do mal contra o bem.
Polêmica nas redes sociais
O fato de em certo momento do desfile Satanás colocar o tridente sobre Jesus Cristo, o que segundo algumas leitura remeteria a uma postura vitoriosa do mal, chamou a atenção e provocou alvoroço entre os internautas. No Twitter, vários usuários demonstram não gostar dessa abordagem da escola, afirmando que tal fato estaria "zombando do sagrado".
Confira:
Apesar do fato, a Gaviões da Fiel foi em busca de seu quinto título e mostrou um pouco sobre a história do tabaco. Quem recontou a história foi o carnavalesco Sidnei Franca.
Ele fez várias adaptações nas alegorias. Durante o desfile a escola de samba contou com a participação de 3.200 componentes, distribuídos em 25 alas e 5 carros alegóricos.
Por fim, a escola também mostrou no final de seu desfile o símbolo do cérebro humano, mostrando a dependência química, que tem sido a preocupação de várias famílias atualmente. Nesse caso, um dos destaques foi o juiz, que mostrava simbolicamente que o homem responde pelos seus próprios atos.