Na última quarta-feira (13), um massacre ocorrido no interior da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande SP, e protagonizado por dois ex-alunos da instituição, culminou com a trágica morte de cinco estudantes, duas funcionárias e muitos feridos.
Comovendo muitos brasileiros e ganhando destaque na imprensa nacional e internacional, as vítimas fatais que perderam sua vida na escola foram lembrados e homenageados pelo artista plástico Francisco Kleison, que em forma de grafite estampou um dos muros da instituição de ensino com a imagem dos rostos das vítimas.
Rostos das funcionárias e estudantes mortos
Nesta última segunda-feira (25), o muro da escola Raul Brasil ganhou cores e rostos graças a uma ação voluntárias de um conhecido artista plástico de Guarujá, no litoral paulista.
Desprendendo seu tempo e material, Francisco Kleison passou a manhã e parte do dia 25 de março grafitando um muro em branco com a face dos mortos no atentado provocado no local.
No espaço, os rostos dos estudantes Caio, Claiton, Douglas, Kaio e Samuel foram estampados entre as imagens das funcionárias Marilena e Eliana. A imagem também ganhou um par de asas.
Sobre a ação que homenageia as sete vítimas fatais do massacre, o artista plástico se mostrou sensibilizado.
"A gente se sensibiliza com a dor de todos e quis ajudar da maneira que podia", disse em entrevista ao portal G1.
A respeito da iniciativa, o responsável pelo trabalho no muro revelou ter procurado a direção da escola no decorrer da última semana e pouco tempo depois foi dada permissão por parte da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo para que a arte fosse feita.
Grafite chama a atenção de populares
Mesmo antes da pintura terminar, os desenhos passaram a despertar a atenção daqueles que transitavam próximo a escola e receber os olhares atentos dos vizinhos. Muitos pedestres que passava pela rua da escola começaram a registrar o que estava acontecendo e alguns pararam para observar atentos o trabalho de Anderson.
O estudante Thallys Henrique dos Santos se mostrou bastante surpreso com a arte feita no muro da instituição e defendeu o princípio de que o episódio, por mais triste que seja, precisa ser lembrado a fim de que não se repita.