Ocorreu no dia 23 de junho de 2019, na Avenida Paulista, em São Paulo, sob tom político e de protesto, a 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT. Sempre encorpada de muito brilho e alegria, o evento deste ano reuniu mais de 3 milhões de pessoas na Paulista, teve discurso político. “Resistência” foi a palavra de ordem e de oposição a Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, que tem um histórico de declarações consideradas homofóbicas.

A titulo de curiosidade, a Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexual, travestis, transexual ou transgêneros), surgiu na cidade de Nova York, Estados Unidos, no ano de 1970.

Segundo o jornal Metrojornal, em 28 de junho de 1969, após uma batida policial ao bar chamado Stonewall Inn, onde os frequentadores eram LGBTS, na cidade de Nova York resolveram dar um basta às agressões, preconceitos, humilhações e perseguições”.

Desde então, acontece em diversos países do mundo o encontro organizado de pessoas da comunidade LBGT e que atualmente, apresenta tons políticos e palcos para vários protestos. O movimento tem ganhado mais notoriedade a cada ano devido ao fato que os familiares, amigos e simpatizantes comparecerem em significantes números para defender a causa. No Brasil, a Parada ocorre desde 1997, sendo na cidade de São Paulo sempre no mês de junho.

A luta pela igualdade

A parada LGBT não é um movimento comum, talvez seja a mais organizada e importante movimento já registrado. Pois, a mesma luta por algo que é essencial a humanidade: o respeito e igualdade. Na verdade, quando taxamos alguém como diferente, instantaneamente, estamos rotulando e consequentemente adotamos uma postura preconceituosa.

Recentemente, o Supremo Tribunal de Justiça aprovou a lei que criminaliza a homofobia, diga se que é um grande ganho não apenas para a comunidade evidenciada, mas um avanço mesmo que forçado para a evolução da humanidade. Somos todos seres humanos e dignos de respeito; entretanto, diante de tantas violências tanto físicas quanto verbais se fez necessário a criação de leis como meio de proteção.

Assim, muito bem ditas foram as palavras pela da Ministra do Supremo Tribunal ao aprovar a lei: "Numa sociedade discriminatória como a que vivemos, a mulher é diferente, o negro é diferente, o homossexual é o diferente, o transexual é diferente. Diferente de quem traçou o modelo, porque tinha poder para ser o espelho e não o retratado. Preconceito tem a ver com poder e comando. (...) Todo preconceito é violência, toda discriminação é causa de sofrimento", Carmen Lúcia.

O fato de uma pessoa se relacionar efetivamente com outra pessoa do mesmo sexo, não o tornam diferente dos demais. Entretanto, a história ainda registra essa relação como pecadora errada e/ou proibida. Daí, a Parada LGBT quebrando tabus e rasgando preconceitos, revelando ao mundo que há muitas formas de amar e de amor.

Estiveram presentes alguns personagens politicas apoiando o evento e ao tempo, fazendo política, como a ex-prefeita de São Paulo e senadora Marta Suplicy, que alegou ser essa “a mais importante Parada da história”. “É a luta contra todo o retrocesso civilizatório que tem se apresentado”, indagou a Marta.

Outra personagem que se fez presente na Parada foi o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), também apoiando o movimento, o deputado declarou: “Esse é um movimento contra um projeto de poder que atenta contra as nossas vidas. Uma Parada que ganha mais importante porque temos um presidente declaradamente homofóbico”, disparou.

O evento contou com três trios elétricos, regado a muita vitalidade, alegria e purpurina. Lembrando que a Parada LGBT tem a sua significância de ser a luta pela igualdade, respeito e liberdade entre tantos outros direitos intrínsecos ao ser humano.