O cliclista Cosme de Araújo, de 57 anos, que morreu atropelado por um caminhão na manhã desta quarta-feira (3), em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, estava indo para seu primeiro dia de trabalho. Ele foi atropelado por um caminhão por volta das 6h20, na avenida Pery Ronchetti.

Ele estava indo para seu primeiro dia de trabalho acompanhado de outro ciclista, trafegando na contramão, quando ao avistar um caminhão tentou subir na calçada para dar espaço para o veículo, mas acabou caindo e sendo atropelado. Muito abalado por conta do acidente, o motorista foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento e responderá por homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar.

A avenida onde aconteceu o atropelamento possui uma ciclovia, mas virou um grande calçadão para pedestres o que faz os ciclistas optarem por pedalarem na via. Outra reclamação frequente tem sido a falta de iluminação, o que deixa o trajeto mais perigoso.

Sobre os problemas citados, a prefeitura de São Bernardo do Campo emitiu uma nota, onde esclareceu que não há restrição para pedestres e que a ciclovia é separada do tráfego comum. Sobre a eliminação, a prefeitura disse que existem vários pontos de luz e que constantemente realizada sua manutenção.

Outra morte de ciclista foi registrada em Santos

A morte de Cosme de Araújo é a segunda envolvendo ciclista no estado de São Paulo em menos de 24 horas.

Na manhã desta terça-feira (2), na cidade de Santos, no litoral paulista, um ciclista, que não teve o nome divulgado, morreu após ter sido atropelado por um VLT.

O acidente ocorreu entre os trilhos localizados no cruzamento das avenida Francisco Glicério e a rua Visconde de Farias, no bairro Campo Grande. A vítima chegou a receber atendimento no local, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu.

Mortes aumentaram 19% neste ano

De acordo com dados fornecidos pelo governo de São Paulo, apenas entre o período de janeiro a maio deste ano, 37 ciclistas morreram em decorrência de acidentes de trânsito na região metropolitana de São Paulo. O índice é 19% maior do que no mesmo período do ano passado.

Segundo o mais recente relatório do Infosiga, que foi divulgado em abril, nos três primeiros meses de 2019 foram contabilizados 16 óbitos de ciclistas.

Os dados revelam que a maioria dos acidentes com mortes ocorreram em janeiro, sendo oito no total. Cinco mortes ocorreram em dias de sábado e sete acidentes fatais foram em períodos noturnos. A maioria dessas vítimas --nove-- tinha idade entre 30 e 40 anos.

Na época em que foi feito esse levantamento, nenhuma das 16 mortes havia acontecido em vias que contavam com ciclovia. Além disso, quatro delas ocorreram em rodovias.