Em artigo publicado nesta sexta-feira (19), a revista Veja afirma ter entrevistado nas últimas duas semanas um homem identificado como Anhangá, suposto membro de um grupo chamado Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que seria o braço brasileiro da organização internacional Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS). Segundo a Veja, a ITS se intitula "ecoextremista" e é investigada por promover ataques terroristas contra políticos e empresários em diversos países.
Durante entrevista que aconteceu, segundo a revista, através da deep web, um tipo de internet clandestina que impossibilita a localização de quem a usa, Anhangá teria confirmado a existência de um plano para matar o presidente da república, Jair Bolsonaro.
Bolsonaro já havia sido ameaçado antes
Vale lembrar também que no dia 1º de setembro de 2018, Bolsonaro já havia sofrido uma ameaça de morte através das redes sociais.
Ninguém levou muito a sério tal ameaça que foi realizada por Adélio Bispo de Oliveira, já que o autor da postagem já havia realizado outras postagens consideradas sem sentido na internet. Na ameaça, Adélio dizia que testaria a "valentia" de Bolsonaro, e alegou que o agora, presidente da república "merecia" levar um disparo de arma de fogo na cabeça.
O que aconteceu foi que Adélio, que não foi levado a sério, deu uma facada em Bolsonaro apenas cinco dias após ter realizado sua ameaça pela internet. Após o atentado se descobriu que o autor do crime é de fato um desequilibrado mental.
Plano era para ser executado no dia da posse
Segundo a entrevista da Veja, Anhangá afirmou que o plano para o assassinato de Bolsonaro começou a ser bolado desde o dia em que ele venceu a eleição do ano passado.
A data inicialmente prevista para a execução do plano era o dia 1° de janeiro, em ocasião da posse de novo presidente. No entanto, o forte esquema de segurança armado por policiais e também pelo Exército brasileiro fez com que o grupo adiasse o plano. "Vistoriamos a área antes", disse Anhangá, que confessou que o plano ainda estava muito imprevisível.
“"ão tínhamos certeza de como funcionaria", disse.
Atentado a igreja
Alguns dias antes da posse do presidente, uma bomba foi instalada em frente ao Santuário Menino Jesus, localizado a cerca de 50 quilômetros do Palácio do Planalto. No entanto, o ataque não aconteceu como previsto, já que o artefato não explodiu devido a um mau funcionamento do detonador.
Após o episódio, o SSS publicou um vídeo na web reivindicando a autoria do ataque e revelando detalhes que somente o construtor da bomba poderia saber. Na postagem, o grupo também destacou que seu próximo alvo seria Jair Bolsonaro.