Quando se está esperando um filho, o que os pais mais querem é que eles nasçam saudáveis. Uma mãe de Fernandópolis (SP) passou por um momento triste nos últimos dias ao perder as gêmeas siamesas, após uma semana de vida. As meninas ficaram internadas no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto e morreram na última terça-feira (2).
A jovem Jenifer Viana, de 21 anos, disse que ela e o marido estão muito abalados e "tentando superar" a morte das filhas. Segundo a mesma, o hospital não informou qual teria sido a causa da morte das gêmeas.
O pai, Maicon Douglas Ferreira da Cunha, disse que as filhas nasceram com 36 semanas de vida e que ele e a mulher só souberam que elas seriam siamesas em um exame de ultrassom que foi realizado no sexto mês de gestação.
Maicon disse que a gravidez da esposa foi descoberta tardiamente e que levaram um susto quando descobriram a situação das crianças. Ele contou que sempre acreditou que as meninas iriam sobreviver e que sonhava com elas quando dormia.
De acordo com o rapaz, as meninas tiveram os aparelhos que lhes ajudaram a respirar, desligados, na segunda-feira (1°) para ver como seria a reação delas. Maicon afirmou que a semana foi muito difícil e que queria muito ver suas filhas em casa e disse que elas eram guerreiras.
O pai das gêmeas fez uma postagem em sua rede social onde agradeceu o apoio que receberam desde que as meninas nasceram. Ele agradeceu a todas as pessoas que foram atenciosas e gentis com eles nesse momento, que segundo ele, foi o mais difícil de suas vidas.
Parto das gêmeas siamesas
De acordo com a Santa Casa da cidade de Fernandópolis, a gravidez de Jenifer era acompanhada por equipe do Hospital da cidade de São José do Rio Preto, que fica a pouco mais de 100 km de distância.
A mãe das meninas entrou em trabalho de parto avançado, no dia 25 de junho, com 36 semanas de gravidez e devido ao risco que estava correndo, teve que ser submetida a uma cesariana de emergência na própria unidade de saúde da cidade.
Segundo a Santa Casa, a paciente teve seu parto acompanhado ginecologista, obstetra, pediatra, anestesiologista, enfermeiros, fisioterapeuta e demais profissionais.
De acordo com a unidade de saúde, através dos exames realizados durante o pré-natal não era possível saber se as meninas resistiriam após o parto, no entanto, elas sobreviveram por uma semana.
As meninas nasceram com duas cabeças, sendo cada uma sustentada por uma coluna vertebral. Essa estrutura era ligada à bacia, que apresentava uma condição de alargamento. Esse é o quarto caso de gêmeas siamesas registrado na região de São José do Rio Preto. Casos semelhantes foram registrados nos anos de 2006, 2008 e 2014.
As gêmeas que nasceram em Penápolis, no ano de 2006, foram as que sobreviveram por mais tempo: elas faleceram 3 meses e dois dias após o parto.