Recentemente, o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro, concedeu uma entrevista ao programa Em Foco, veiculado pela Globo News. A entrevista em está prevista para ir ao ar no dia 14 de agosto, e promete gerar comentários e polêmicas.
Durante a sua participação no Em Foco, o senador afirmou que o Ministério Público não pode contar com a participação de uma maioria que seja contrária ao que “a gente pensa”. A fala faz clara alusão à sua família, bem como aos demais membros do Governo Federal.
Um dos assuntos discutidos durante a entrevista foi o fato de que mandato de Raquel Dodge, a atual procuradora-geral da República, acabará no dia 17 de setembro.
Nesse sentido, Jair Bolsonaro afirmou que o substituto de Dodge será apontado por ele até a próxima segunda-feira (12).
A respeito dos fatos supracitados, Flavio Bolsonaro afirmou que, para ele, essa é uma das decisões de maior importância que o presidente da República já precisou tomar durante o seu curto tempo de governo.
De acordo com o senador, essa decisão se faz tão importante uma vez que o Ministério Público possui a função de exercer uma espécie de fiscalização no cumprimento da lei.
Portanto, devido a isso, o MP pode vir a interferir diretamente em várias áreas importantes para os membros do governo Bolsonaro. Dessa maneira, Jair Bolsonaro não pode apontar para o cargo alguém que possua diferenças ideológicas muito gritantes em relação às pessoas que já ocupam cargos em seu governo.
Projeto vencedor nas urnas
Ele ainda apontou que o projeto de governo de Jair Bolsonaro foi vencedor nas urnas, de modo que espera-se que as medidas propostas no plano de governo, no que tange às mais diversas áreas sociais, sejam cumpridas como foram apontadas durante o período eleitoral.
Para Flavio Bolsonaro, implementar esse projeto de governo significa mudança em relação aos governos anteriores e, dessa forma, se faz necessário ter no Ministério Público pessoas capazes de compreender exatamente o que venceu a eleição, agindo de acordo com a lei e sem considerar as suas próprias ideologias, possibilitando que as propostas feitas durante a campanha sejam executadas plenamente.
Quem for indicado por Jair Bolsonaro na próxima semana ainda precisará por um processo antes de se tornar definitivamente o procurador-geral de República. Nesse sentido, o candidato apontado pelo presidente passará por uma sabatina, que vai ocorrer no Senado, e precisará ter a indicação aprovada antes que sua posse seja efetivada. Caso tudo isso ocorra sem maiores entraves, o novo procurador assumirá o cargo por um período de dois anos.