Exaustos de serem prejudicados pela violação do patrimônio, alunos da Escola Municipal Professor Ulisses Falcão Vieira, localizada em Curitiba, no Paraná, escreveram um cartaz comovente pedindo que os ladrões não furtem mais nenhum item do recinto escolar.
O apelo, escrito em uma cartolina pelas crianças com a ajuda dos professores, foi fixado no muro externo da escola. A ação foi motivada por conta de uma sequência de quatro furtos em menos de um mês.
No cartaz, as crianças pedem para que os ladrões parem de furtar a escola e declaram que os furtos as deixam tristes.
Em um emocionante trecho, os alunos imploram: "não vamos mais ter o que fazer, vamos ficar sem escola".
Desfalque
No último domingo (22), por exemplo, foi registrada mais uma ocorrência de furto. Dessa vez, câmeras de segurança flagraram um indivíduo que desceu pelo forro para furtar um aparelho de TV de 52 polegadas. De acordo com as imagens, o ladrão passou a televisão pelo vão da porta da escola.
Fora o último episódio ocorrido, outros três furtos foram registrados em menos de um mês. Dentre os diversos itens levados nesses quatro furtos no total, estão: seis aparelhos de TV, dois aparelhos de rádio, três monitores de computador e outros vinte aparelhos de notebook.
Além do desfalque tecnológico, três violinos que eram utilizados durante as aulas de música também foram furtados.
Vigilância
Segundo informações, o patrimônio conta com sistema de monitoramento, incluindo câmeras de vigilância. No entanto, quando a equipe responsável pela vigilância da escola chega ao recinto já é tarde demais. A própria empresa que monitora a segurança da escola, denominada como G5, também é responsável por fazer a reposição de todos os equipamentos furtados.
A empresa G5 afirma que já compensou os itens em desfalque em outras três oportunidades anteriores. A escola, por sua vez, nega a reposição. De acordo com a direção da escola, até a última terça-feira (24), nenhum dos itens recentemente levados havia sido reposto.
A empresa também alega estar fazendo um levantamento para implementar outras câmeras de segurança na escola, dessa vez, na parte externa do recinto --local onde não tem sensor de alarme antifurtos.
Enquanto isso, a Prefeitura de Curitiba afirma que já disponibilizou equipe técnica especializada para atender a escola.
Mães de alunos declaram que estão preocupadas com os furtos frequentes. Uma mãe de aluno alega que chegou a pensar em não permitir que a filha volte para a escola, enquanto a mãe de outro aluno informou que se entristece com a situação, já que o grupo de responsáveis se mobiliza para conquistar certas coisas e viabilizar festas escolares, enquanto os ladrões promovem o desfalque da escola e as autoridades não fazem nada a respeito.