No dia 31 de outubro de 2018, a Polícia Militar montou o cerco para efetuar a prisão de Cristiana e Edison Brittes, suspeitos do assassinato de Daniel Corrêa. Na ocasião em que o cerco aconteceu, as autoridades haviam sido avisadas da presença do casal em um posto de gasolina na cidade de Curitiba.
O veículo em que Edison, conhecido como Juninho Riqueza na região, estava quando foi encontrado pertencia a uma das testemunhas da defesa do casal, Denis Araújo. Araújo testemunhou em uma audiência de instrução referente ao caso, que aconteceu ainda no dia 2 de abril de 2019.
Entretanto, a testemunha não falou a respeito de Cristiana Brittes.
Denis Araújo ainda explicou ao UOL Esportes os meios usados por Edison para escapar da polícia, mesmo que sua esposa tenha sido presa na noite do cerco. Edison somente se entregaria às autoridades no dia seguinte.
No presente momento, ambos os Brittes estão presos e esperam a data do seu julgamento, previsto para acontecer ainda nos próximos meses. Além disso, eles serão interrogados pela Justiça a partir dessa quarta-feira (4).
Edison e Cristiana não são os únicos réus nesse caso. Outras cinco pessoas também estão sendo julgadas pela morte de Daniel. Nesse sentido, é possível apontar que a filha do casal, Allana também será julgada pelo crime.
Entretanto, Allana não se encontra mais presa, visto que a sua defesa conseguiu um habeas corpus para que ela pudesse responder ao processo em liberdade.
A fuga
A respeito do seu contato com a família Brittes, Denis informou que os conheceu devido à rede de lojas que possui em Curitiba. Nesse sentido, o empresário declarou que o casal comprava com frequência em suas lojas, de modo que ele acabou conhecendo ambos.
Quando recebeu a ligação de Juninho, foi imediatamente ao seu encontro.
De acordo com Denis, nessa ocasião Edison não havia lhe contado exatamente o que tinha feito. Entretanto, pediu para que o amigo o encaminhasse até o escritório de seu advogado. Tanto Edison quanto Cristiana se mostraram tensos durante o trajeto e Denis, por sua vez, afirma que estava nervoso por não ter conhecimento do que havia acontecido.
Nessa ocasião, a viatura da Polícia Militar abordou Denis e Cristiana. Juninho, ao ver as autoridades próximas do carro do amigo, escapou saindo pela lateral da loja de conveniência e seguindo a pé pelas ruas de Curitiba.
Depois de conseguir fugir, Edison seguiu para o escritório de Cláudio Dalledone Júnior, o advogado que pretendia procurar. Cláudio, então, assumiu o caso e indicou ao seu cliente que o melhor caminho naquele momento era se entregar às autoridades juntamente com Allana, sua filha.
Denis e Cristiana, por sua vez, foram encaminhados à delegacia pelas autoridades responsáveis pelo cerco. Entretanto, como Denis não possui qualquer tipo de ligação com a morte de Daniel, ele acabou sendo liberado. Atualmente, Cristiana é julgada pelo assassinato do jogador, mas também responde por coação de testemunha e fraude.