O resultado do laudo realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara, no interior de São Paulo, apontou que a universitária Mariana Bazza foi morta por asfixia mecânica causada por estrangulamento. A jovem de 19 anos foi encontrada morta um dia após ter desaparecido na cidade de Bariri.

Os exames não apontam, no entanto, se a vítima sofreu abuso sexual, algo que não está descartado pela Polícia. Por conta disso foram pedidos novos exames, que serão realizados em São Paulo.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um homem lhe oferece ajuda para trocar o pneu de seu carro.

Após isso o suspeito entra em uma chácara, que fica do outro lado da rua, e a jovem o segue de carro. Uma hora depois o veículo deixa o local. Pelas imagens não foi possível saber quem estava na direção do veículo.

O principal suspeito de ter cometido o feminicídio é Rodrigo Alves Pereira. Segundo a polícia, ele já tem passagens por vários crimes e cumpria prisão em regime domiciliar. Ele foi preso na cidade de Itápolis, que fica há 60 quilômetros de Bariri, onde também foi achado o carro da jovem. Ele estava escondido no telhado de uma casa. Inicialmente, ele negou envolvimento no caso, mas horas depois, segundo a polícia, confessou o crime.

Enquanto o suspeito trocava o pneu de seu carro, a jovem manteve contato com o namorado, relatando o que estava acontecendo, e chegou a mandar uma foto do homem fazendo o trabalho.

Essa imagem ajudou a polícia chegar até o suspeito. Ele teve prisão preventiva decretada. O inquérito foi aberto como latrocínio consumado, mas os crimes de homicídio, sequestro e estupro também estão sendo apurados.

Polícia investiga se houve premeditação

As investigações da polícia agora buscam saber se Rodrigo Alves premeditou o crime e se teria sido ele o responsável por esvaziar o pneu do carro da jovem e assim ter um pretexto para lhe oferecer ajuda e tentar uma aproximação.

Imagens feitas por câmeras de segurança da academia que Mariana frequentava registram o suspeito parado ao lado do carro da jovem por volta das 7h51, horário em que ela já estava na academia.

Uma testemunha relatou à TV Tem que viu o suspeito se abaixando ao lado do veículo. E mexendo nele. "Eu vi que ele estava agachado no pneu do carro.

(...) Quando ele me viu até se assustou e se levantou", disse a testemunha.

Responsável por cuidar do caso, o delegado Durval Izar Neto disse que está e busca de novas imagens e de testemunhas para poder comprovar se o suspeito de fato murchou o pneu propositalmente ou se foi apenas mera coincidência.

O delegado disse ainda que exames irão apontar a hora em que a jovem foi morta e se isso aconteceu na chácara onde ela entrou com o carro ou no local onde o corpo foi achado.